O declínio moral da classe política chegou a um ponto em
que os eleitos, salvo raras exceções, se repetem como, ou se tornam
profissionais da prática do ilícito, desvio de conduta tido por esses pulhas
como fundamento de comportamento considerado normal, lembrando que os
políticos brasileiros são os mais bem pagos do mundo.
Diante do apodrecimento dos poderes da República, tendo como
pano de fundo um quadro social aceleradamente degenerativo, mais grave ainda é a
postura calhorda dos esclarecidos, tipo classe dos artistas,
“socialistas” que moram em locais como na Vieira Souto, e que através de
“notáveis” representantes, sem qualquer pudor, declaram que “roubar pode ser necessário para governar”, entre
tantas outras canalhices de igual teor ou pior.
A
Abertura Democrática acabou se transformando em uma profunda subversão dos mais
elementares valores que devem conduzir uma sociedade, ou seja, uma grotesca
fraude comandada pelas burguesias e oligarquias que convenceram o “povo” que
sem o Regime Militar o Brasil estaria melhor, escondendo durante décadas suas
verdadeiras intenções na entrega do país aos desgovernos
civis.
O resultado dessa sacanagem é vermos hoje nosso país ser
considerado pelo resto do mundo como um Paraíso de
Patifes, uma sociedade decadente e imoral descendo a ladeira de uma crise
econômico-social ignorada por um desgoverno que vive da divulgação hipócrita de
cifras, de meias verdades, de mentiras, de estelionatos eleitorais, e de
promessas que não serão cumpridas, afirmando com a maior cara-de-pau que tudo
vai ser diferente.
Diante desse quadro de total falência moral nas relações
público-privadas, e sendo a instituição que tem a maior confiança da sociedade,
fica uma interrogação que nos angustia: - Por que as Forças Armadas que,
constitucionalmente têm a responsabilidade implícita de não permitir que o
Estado Brasileiro se torne um Covil de Bandidos colocando em risco cada vez
maior nossa própria soberania, não saem da sua hibernação apátrida e
tomam a iniciativa de promover uma intervenção civil-militar no país para
prender as quadrilhas de corruptos e subornadores que controlam o poder
público?
Diante de tudo o que está acontecendo somente pode existir uma
resposta: nossos comandantes militares estão acovardados pela Comissão da
Mentira, corrompidos ou subornados, sufocando qualquer iniciativa de revolta de
escalões inferiores.
A questão que fica é a seguinte: até quando milhares de
soldados enfurnados nas casernas, passando privações morais e materiais enquanto
nossa República vira um verdadeiro Bataclã da prostituição da política,
continuarão obedecendo ordens de comandantes covardes, subornados ou omissos sem
partir para uma revolta militar libertadora de nosso país das mãos de
bandidos?
O
ano de 2013 pode ser considerado aquele em que o caráter sórdido do PT e do
Retirante Pinóquio – verdadeiro chefe do Mensalão conforme denúncia de um
dos “condenados” pelo STF –, apareceram com toda a transparência para a
sociedade.
O
resultado do julgamento do Mensalão que “gentilmente” condenou seu núcleo
político com penas ridículas e que, certamente não serão cumpridas, aflorou no
PT uma criminosa capacidade de desqualificar publicamente o STF ajudado
por um presidente da Câmara que desafiou frontalmente o Ministro Joaquim Barbosa
e conseguiu – ordenou – que os condenados não fossem presos.
Se
o poder público, notadamente o poder Judiciário, majoritariamente, não tivesse
sido subvertido em todos os seus mais elementares princípios morais e éticos
durante a Fraude da Abertura Democrática, os cafajestes das gangs de corruptos e
subornadores estariam na cadeia por exigência da sociedade, cumprindo duras
penas de prisão.
Concomitante ao apodrecimento do poder público os desgovernos
civis cuidaram de silenciar milhões de consciências com uma covarde e
premeditada falência da educação e da cultura e uma metódica, repetitiva, e
redundante prática de um assistencialismo comprador de votos dos ignorantes e,
principalmente, com o suborno de milhares de esclarecidos canalhas formadores de
opinião e com fácil trânsito no submundo do poder.
Ao assumir o poder, o PT e seus cúmplices-lacaios, de forma
gradual, foram plantando as sementes da degeneração moral do poder
público.
Primeiro, através do suborno – o Mensalão – transformaram o
Congresso Nacional em um balcão de negociações espúrias para servir de base para
a aprovação dos projetos e das medidas provisórias dos desgovernos
estelionatários-petistas.
Conquistado o Parlamento já degenerado por desgovernos civis
anteriores – incluindo o de FHC cabo eleitoral de Lula e inimigo de José Serra –
o poder Judiciário, metodicamente, foi transformado em lacaio do poder Executivo
formalizando uma relativização da Justiça, uma consumada patifaria que se
alastrou em todas as instâncias do poder Judiciário, majoritariamente aparelhado
e controlado pelos meliantes do PT, culminando com a ocupação dos Tribunais
Superiores por uma maioria de togados lacaios-cúmplices das gangs que tomaram
conta do poder público.
Estamos diante de uma encruzilhada absolutamente perigosa: ou
a sociedade aceita continuar sendo desgovernada por uma corruptocracia fascista,
ou civis e militares se unem para destituir o poder público mais corrupto e
degenerado de nossa história.
Nossa decisão será continuar aceitando trabalhar mais de cinco
meses por ano para continuar sustentando bandidos e os que se tornam seus
cúmplices ou, então, recomeçar onde o Regime Militar parou, com apenas
uma diferença: não cometer os mesmos erros que fizeram o poder público ser
ocupado por gangs da corrupção e do suborno, transformando esses crimes em
inafiançáveis e sem direito a regime prisional diferenciado, ficando nas mesmas
masmorras em que são entulhados milhares de vítimas desses
canalhas.
Tudo leva a crer que, definitivamente, o Brasil só vai mudar
seu quadro de falência moral quando a sociedade acordar e pegar nas armas, seja
de qual tipo for, para a defesa da verdadeira
democracia.
O
Estado e muitas outras organizações sociais estão dominadas e aparelhadas pelo
que há de pior em gênero humano.
Vagabundos, bandoleiros, ladrões e pústulas continuam no poder,
com o país à beira do caos institucional, social e econômico, e os ignorantes
inebriados por bundas, novelas, futebol e carnaval, à espera não se sabe mais do
que.
Enquanto isso os bandidos se divertem...
Para começar 2013, o “ano da bosta”, única denominação
apropriada para qualificar o que nos espera, devemos testemunhar um condenado
pelo STF assumir o cargo de deputado federal, humilhando o STF que, aparelhado
pelo PT, continuará fingindo que julga, mas seguindo os limites da covardia
impostos pelo poder Executivo.
Não pode haver maior exemplo do apodrecimento relativista da
Justiça do que a condenação de Marcos Valério com uma pena de 40 anos e o seu
suposto chefe com uma pena de 10 anos.
Enquanto isso o verdadeiro chefe da gang já denunciado por
Marcos Valério, casado, mas namorado de sua secretária – uma bandida denunciada
pelo MPF–, continua livre, leve e solto fazendo todos os contribuintes que
pagaram suas despesas de hotel ou motel, ou de “núpcias” no avião presidencial,
de idiotas e palhaços do circo do Retirante Pinóquio.
É isso aí brasileiros e brasileiras. Continuem chupando e
mordendo o caroço de manga da hipocrisia dos discursos oficiais, do
assistencialismo que escraviza consciências, da corrupção e do suborno bancado
pelos contribuintes e sejam felizes, omissos, covardes para sempre, quando não
cúmplices dos que estão destruindo o Brasil e o futuro de nossos filhos e de
suas famílias.
28 de janeiro de 2013
Geraldo Almendra
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