O senador Aécio Neves, é senador de um partido que está, ou deveria estar na oposição, ou ao menos desempenhar ativamente essa função.
Escreve uma coluna todas as segundas-feiras na Folha de São Paulo. Como não é novidade para ninguém a Folha de S. Paulo é um jornal esquerdista alinhado ao PT e notoriamente contra o PSDB.
Se duvidarem é capaz de apoiar até mesmo o "controle da mídia" que planeja o PT.
Isto pode parecer um troço sem pé e sem cabeça, jornal defendendo a censura, mas é isto que acontece quando se faz uma leitura atenta desse jornal.
Ressalvo que apoiar essa ou aquela corrente política é um direito de qualquer veículo de comunicação, desde de que esse apoio tenha em mira um partido democrático, o que nao é o caso do PT.
É no mínimo estranho que Aécio Neves assine uma coluna nesse jornal. Está certo que o Aécio nunca fez oposição ao PT e nem a coisa nenhuma. Mesmo assim fica fora de lugar, porquanto o seu partido, o PSDB, está, pelo menos oficialmente, fora da base alugada que sustenta o PT no poder.
Com o discurso que ensaia nesses seus artigos que vem escrevendo na Folha o Aécio já perdeu a eleição. E o que é mais preocupante é o fato de que prevalecendo a inapetência tucana para o embate político é bem provável que o PSDB sofra uma desidratação fulminante nas próximas eleições, tornando-se mais um partido nanico.
Ainda assim, torço para que esteja enganado. Entretanto, transcrevo o artigo do senador mineiro para que os leitores do blog façam a suas próprias avaliações nos comentários a este post. O título original do artigo é "Ausência de limites". Leiam:
"A redemocratização brasileira nos deixou um importante legado: a certeza de que a democracia é mais que um voto depositado nas urnas. Ela se baseia na garantia das liberdades e num rigoroso respeito às leis. Assim, não é possível fechar os olhos para o viés autoritário que ganha substância no governo petista.
É no mínimo estranho que Aécio Neves assine uma coluna nesse jornal. Está certo que o Aécio nunca fez oposição ao PT e nem a coisa nenhuma. Mesmo assim fica fora de lugar, porquanto o seu partido, o PSDB, está, pelo menos oficialmente, fora da base alugada que sustenta o PT no poder.
Com o discurso que ensaia nesses seus artigos que vem escrevendo na Folha o Aécio já perdeu a eleição. E o que é mais preocupante é o fato de que prevalecendo a inapetência tucana para o embate político é bem provável que o PSDB sofra uma desidratação fulminante nas próximas eleições, tornando-se mais um partido nanico.
Ainda assim, torço para que esteja enganado. Entretanto, transcrevo o artigo do senador mineiro para que os leitores do blog façam a suas próprias avaliações nos comentários a este post. O título original do artigo é "Ausência de limites". Leiam:
"A redemocratização brasileira nos deixou um importante legado: a certeza de que a democracia é mais que um voto depositado nas urnas. Ela se baseia na garantia das liberdades e num rigoroso respeito às leis. Assim, não é possível fechar os olhos para o viés autoritário que ganha substância no governo petista.
A governança por medidas provisórias, a profunda subordinação do Congresso, a forma como foram promovidas as mudança de marcos regulatórios, a ausência de diálogo e as diversas tentativas de "regulamentar" a mídia são algumas das expressões dessa perigosa tendência.
Mas a fala da presidente da República e a lamentável utilização da rede nacional de rádio e TV para, entre outras coisas, desqualificar os brasileiros críticos ao seu governo é, certamente, a mais evidente delas.
Não se sabe se incomodada pela pressão das articulações que gostariam de ver o ex-presidente Lula candidato ou com a simples motivação de tirar o foco dos fracassos acumulados, constatados pelo pífio resultado da economia, a presidente resolveu antecipar o debate eleitoral.
É nesta posição que ela se permitiu propagar aos brasileiros a visão maniqueísta de uma nação dividida ao meio, na qual os que amam o Brasil são otimistas e estão com o governo enquanto que os que não querem o bem do país, os "do contra", os pessimistas, estão na oposição.
Essa é uma postura que agride a diferentes gerações de democratas. É impossível não revisitar, com ironia, a gênese petista do "quanto pior melhor". Ou voltar no tempo para lembrar o nacionalismo canhestro dos governos militares que buscava confundir governo com nação, transformando a crítica em ato impatriótico e que agora ganha estranha atualidade.
O conteúdo do pronunciamento foi atípico e agressivo.
Na parte dedicada à energia, de forma desleal, o texto transformou os que apenas defenderam um outro caminho para a diminuição da conta de luz -no caso a redução de tributos federais- em adversários da ideia.
Para a construção do falso raciocínio, sonegou ao país até mesmo a informação de que empresas estaduais criticadas aderiram à proposta do governo nas áreas de transmissão e distribuição.
E, por ironia, são justamente os Estados governados pelo PSDB que, sem alarde, oferecem há muitos anos as maiores isenções de ICMS na conta de luz... O pronunciamento da presidente tem vários significados. Nenhum deles é bom para a democracia, patrimônio de todos brasileiros."
28 de janeiro de 2013
in aluizio amorim
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