Estive em três incêndios no prédio da UERJ, no Rio de Janeiro, em apenas cinco anos em que lá estudei. Em um deles corríamos desesperados, abandonando as provas que realizávamos e os professores para trás; em outro, sequer conseguimos entrar; no mais impressionante, em 2007, no último dia do (Encontro Regional de Estudantes de Direito, a fumaça era muito intensa e os alunos foram surpreendidos com o nível de desorganização diante do imprevisto.
Também não me esqueço das festas rave em que trabalhei realizando a segurança nos portos do Rio e de Niterói. Os jovens, muitos adolescentes, estavam enlouquecidos com tantas drogas e saltavam até às 8 horas da manhã do dia seguinte, no horário em que a viatura policial adentrava o porto para recolher a sua propina. Muitos jovens se jogavam nas águas imundas da degradada Baía de Guanabara e precisavam ser resgatados para que não morressem afogados e contaminados.
Quando muito jovem eu também costumava frequentar ambientes sem qualquer segurança…
PRECARIEDADE
As causas que geraram tamanha dimensão precisam ser investigadas e medidas precisam ser adotadas, e não esquecidas juntamente com o capitalismo político e midiático da tragédia, para que esses massacres não se repitam.
O mundo inteiro observa a nossa precariedade e questiona a nossa capacidade, inclusive em relação aos eventos de grande vulto.
Os jovens universitários já vivem à beira da morte enquanto estudam em prédios decadentes como o Instituto de Biologia da UniRio, a UERJ e diversos prédios da UFF e da UFRJ, somente para citar alguns exemplos explícitos de precariedade e de insegurança no Rio de Janeiro.
Vale à pena lembrarmos do quão inseguros estão nossos jovens.
28 de janeiro de 2013
Genilson Albuquerque Percinotto
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