Deixou o palácio do Planalto em estado de graça a informação de que o ex-presidente Lula ofereceu-se para chefiar a campanha da reeleição da presidente Dilma. Foi na sexta-feira, em São Paulo, quando eles se encontraram.
Sendo assim, afasta-se o maior obstáculo à conquista do segundo mandato pela atual presidente, em 2014. A ala dissidente do PT não conseguiu convencer o Lula a voltar daqui a dois anos.
Outros obstáculos existem, é claro, às pretensões de Dilma continuar no poder, mas são por enquanto obstáculos menores: chamam-se Aécio Neves, Marina Silva, Eduardo Campos e, de ontem para hoje, também Fernando Gabeira. Por enquanto, pelo menos, simples pedrinhas no caminho. Conforme pesquisa recente, não conseguirão evitar a reeleição.
Por certo que tudo depende da preservação dos altos índices de popularidade da presidente, ou seja, de que ao lado do apoio explícito do Lula, ela consiga retomar o crescimento econômico e impedir a volta da inflação. Por enquanto, nessa etapa inicial do processo sucessório, o caminho está livre.
A DECISÃO DO PROCURADOR
Não preocupa o PMDB a decisão do Procurador Geral da República de denunciar o senador Renan Calheiros por haver sido, em 2007, acusado de ter a pensão de uma filha paga pelo diretor de uma empreiteira de obras públicas. Na época, Renan negou esse pagamento apresentando recibos referentes à venda de bois, em Alagoas, para demonstrar que dispunha de renda para enfrentar a despesas. A Polícia Federal buscou indícios de tratar-se de notas falsas e enviou as conclusões da investigação para o Procurador Geral da República, que só agora formulou a denúncia. O processo, no Supremo Tribunal Federal, por tratar-se de um senador, conta com 43 volumes.
A mais alta corte nacional de Justiça reinicia seus trabalhos sexta-feira, devendo ser designado um ministro-relator para apreciar a denúncia. Certamente bem depois de Renan ser eleito outra vez para presidente do Senado.
28 de janeiro de 2013
Carlos Chagas
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