"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A PROPÓSITO DA BELIGERÂNCIA DESINFORMADA

A história registra fatos, quando não se reveste de ideologias. Entre dezenas de artigos e estudos que procuraram a transparência dos acontecimentos e circunstâncias que emolduraram a vida do "comandante che", nada se pode encontrar que lhe coloque uma aura de "revolucionário movido por ideais patrióticos" (salvo notícias tendenciosas) - ainda que Cuba não fosse a sua pátria, mas teatro de uma revolução para depor o ditador Fulgêncio Batista.

Nem poderíamos considerar um gesto "humanitário" de libertação de um povo, já que a história do "comandante" é a narrativa de um sanguinário, um instinto frio de assassino, ambicioso pela conquista de poder, para satisfação do seu desejo de destruição e morte.

Antes poderíamos considerá-lo um mercenário alugado para matar. Ou que se alugou para tanto...

Não obstante, sobreviveu a memória hstórica de um "che" mitificado, com um imenso cordão de cegos seguidores, embalados pelo "mito da rebeldia", fantasiados com boinas, camisetas e outros penduricalhos, e que chegam até mesmo a tatuarem-se com aquela célebre imagem congelada, divulgada pela ganância do marketing, que apenas quer vender bugigangas e idiotices para um público alienado, fascinado pelo suposto heroísmo, recriado para a alegria do lucro que explora a fantasia dos ingênuos.

Alguma coisa como cigarros, bebidas... Também se vendeu muito a imagem da rebeldia representada por James Dean. O Sistema desperta esse impulso rebelde que fez nascer os movimentos Beat, Hippie e outros mais violentos...

E o "comandante che" desperta na multidão dos insensatos e desinformados, a admiração de uma "bravura" fabricada pela lenda de 'heroísmo' e 'conquista', que as mentiras urdidas foram cristalizando como verdades. Assim como tantas lendas históricas ainda perduram.

O post "Salgueiro homenageia Che Guevara" despertou a ira de alguns fanáticos emburrecidos pela idiotia e falta de informação, que acredito, devem admirar figuras como Hitler, Goebbels, Stalin, Fidel, Pinochet...

Como auxílio a esses "anônimos" transgressores da boa educação e da democrática divergência de opinião, resolvi colocar alguns artigos que justificam a crítica feita no post "Salgueiro homenageia Che Guevara". Quem sabe, se a partir dessas referências eles possam buscar outras fontes de informação... Livros sobre a revolução cubana, biografias, artigos...

Seria interessante ainda, esclarecer que falar de política não é falar da "vida alheia". Mas criticar, discutir, debater o que acontece na vida pública, ou melhor na República em que vivemos e que afeta as nossas vidas, não é "falar da vida alheia". Não é conversa de vizinho falando mal da vizinhança, em que é corriqueiro usar ofensas e xingamentos.  

Boa sorte aos anônimos que empreendam uma busca pela Verdade Histórica.

m.americo

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