Um sujeito de nome Rogério Mendelski (foto), que tem um blog na Rádio Guaíba, escreveu um texto sobre a bandidagem estar vencendo.
Antes de remetê-los (epa!) ao texto, queria lembrá-los que há uma discussão no congresso sexual, ops, nacional, sobre a redução da maioridade penal. Há várias PEC’s (projeto de emenda constitucional) rolando lá no pedaço.
Querem mudar a ECA (nunca vi um nome tão adequado) estatuto da criança e do adolescente, pois é uma verdadeira merda. Vários parlamentares propõe a redução para 16 anos.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) é mais incisivo. Acha que quem tem 15 anos deve ser responsabilizado penalmente. Penso que ele tem razão.
Pessoalmente prefiro a legislação antiga turca, se não me engano: Ladrão deve ter a mão direita cortada.
Se roubar de novo, a esquerda. Se matou, cortem-lhe a cabeça.
O estupro é apenado com o perú e os colhões amarrados numa corda e a outra ponta no rabo de um cavalo, que será assustado.
E vou mais longe: Se mexer no erário público, arranquem o bolso do cara e de todos os implicados, investigando também a família a fundo.
Mas não era sobre isso o texto. Trata-se de lembrar a ‘tolerância zero’ e suas implicações.
06 de fevereiro de 2013
Anhangüera (com trema, “qui nem lingüiça”)
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A BANDIDAGEM ESTÁ VENCENDO
O prezado leitor sabe como começou o programa de Tolerância Zero que acabou com 75% da bandidagem em Nova York? Dois professores de Criminologia da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling, em março de 1982, publicaram a sua tese sobre o crescimento da violência, no trabalho conhecido mundialmente como a “Teoria das Janelas Quebradas”.
O prezado leitor sabe como começou o programa de Tolerância Zero que acabou com 75% da bandidagem em Nova York? Dois professores de Criminologia da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling, em março de 1982, publicaram a sua tese sobre o crescimento da violência, no trabalho conhecido mundialmente como a “Teoria das Janelas Quebradas”.
A teoria baseia-se num experimento realizado por Philip Zimbardo, psicólogo da Universidade de Stanford, com um automóvel deixado em um bairro de classe alta de Palo Alto (Califórnia). Durante a primeira semana de teste, o carro não foi danificado. Porém, após o pesquisador quebrar uma das janelas, o carro foi completamente destroçado e roubado por grupos de vândalos, em poucas horas.
Para Wilson e Kelling, uma janela quebrada num edifício, se não for consertada imediatamente, logo as outras serão quebradas. Com a delinqüência é a mesma coisa. A demonstração dessa teoria ocorreu no metrô de Nova York, em 1990. Os delinqüentes que pulavam a roleta, embriagavam-se em público e até urinavam nas estações, antes livres para seus atos ou com pouca repressão, foram detidos e fichados na polícia. As pichações eram apagadas na hora, por eles mesmos. Com poucos meses de ação policial, a bandidagem foi reduzida em 75%.
A Operação “Janelas Quebradas” foi ampliada para os parques e outros locais públicos com os mesmos resultados. O exemplo de Nova York expandiu-se para outras grandes cidades dos EUA e a delinqüência juvenil também diminuiu. Hoje, o índice de homicídios é o menor dos últimos 30 anos. A opção de combate à criminalidade no nascedouro tinha dado certo.
Corta para o Brasil.
Aqui o ECA e alguns “pensadores” modernos sobre atos criminosos adubam o pequeno crime cometido por jovens passando-lhes a mão na cabeça e acreditando que até os 18 anos eles podem se recuperar. Como o caso do pichador pego sujando Porto Alegre pela 21ª vez.
Se na primeira oportunidade o pichador fosse punido com uma legislação adequada ele não teria continuado na sua boçalidade. A bandidagem nos assalta e nos aterroriza por que as primeiras “janelas quebradas” por eles não foram consertadas como deveriam. Agora é tarde.
Rogério Mendelski
Rádio Guaíba
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