"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

BASTA!!!

 


O fato aconteceu em 2009 (7/5) quando ele era relator no Conselho de Ética do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o dono do castelo de R$ 25 milhões no interior de Minas, estando disposto a enterrar as denúncias, conseguiu abrir uma crise no colegiado.

Sérgio Moraes, Renan Calheiros e Eduardo Alves
Sérgio Moraes, Renan Calheiros e Eduardo Alves

Logo no começo dos trabalhos do Conselho de Ética, afirmou não ter conseguido encontrar indício que aponte para quebra de decoro parlamentar por Edmar ter utilizado a verba indenizatória em benefício próprio.

Questionado por jornalistas, ele proferiu uma frase que ficou lapidar: “Estou me lixando para a opinião pública”.
Com isso teve seus cinco minutos de glória e ainda é citado, sempre que se faz necessário um exemplo de gafe.

Mas não é dele que vou falar e sim de dois parlamentares do altíssimo clero, que apesar de não terem dito abertamente, demonstram, querer que a opinião pública “sifu”.
Tratam-se dos recém eleitos para presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e para a Câmara dos Deputados Henrique Alves (PMSB-RN).

A mídia divulgou, com a intensidade exigida, que ambos estão envolvidos em irregularidades: Calheiros é alvo de denúncias da Procuradoria Geral da República por peculato e falsidade ideológica; Alves é investigado pelo Ministério Público Federal por repasses classificados como improbidade administrativa.

Sobre a escolha de ambos, disse a jornalista Roseann Kennedy, que o fato da imprensa ter cumprido seu papel, nada adiantou, haja vista que o senador e o deputado “…não estão dando a mínima para a opinião pública. Ficou claro que eles levaram em consideração seus próprios interesses”.

O fato de ambos terem sido eleitos parlamentares de forma totalmente democrática, não lhes dá o direito a serem flagrantemente desonestos.

Ao contribuinte, cidadão que cumpre seus deveres, só reste aguardar que a Justiça ponha um fim nesses descalabros.

06 de fevereiro de 2013
Giulio Sanmartini

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