O deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS), sempre esteve no baixo clero, mas tornou-se um nome nacional, quando cometeu um deslize indesculpável.
O fato aconteceu em 2009 (7/5) quando ele era relator no Conselho de Ética do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o dono do castelo de R$ 25 milhões no interior de Minas, estando disposto a enterrar as denúncias, conseguiu abrir uma crise no colegiado.
Logo no começo dos trabalhos do Conselho de Ética, afirmou não ter conseguido encontrar indício que aponte para quebra de decoro parlamentar por Edmar ter utilizado a verba indenizatória em benefício próprio.
Questionado por jornalistas, ele proferiu uma frase que ficou lapidar: “Estou me lixando para a opinião pública”.
Com isso teve seus cinco minutos de glória e ainda é citado, sempre que se faz necessário um exemplo de gafe.
Mas não é dele que vou falar e sim de dois parlamentares do altíssimo clero, que apesar de não terem dito abertamente, demonstram, querer que a opinião pública “sifu”.
Tratam-se dos recém eleitos para presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e para a Câmara dos Deputados Henrique Alves (PMSB-RN).
A mídia divulgou, com a intensidade exigida, que ambos estão envolvidos em irregularidades: Calheiros é alvo de denúncias da Procuradoria Geral da República por peculato e falsidade ideológica; Alves é investigado pelo Ministério Público Federal por repasses classificados como improbidade administrativa.
O fato de ambos terem sido eleitos parlamentares de forma totalmente democrática, não lhes dá o direito a serem flagrantemente desonestos.
Ao contribuinte, cidadão que cumpre seus deveres, só reste aguardar que a Justiça ponha um fim nesses descalabros.
06 de fevereiro de 2013
Giulio Sanmartini
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