"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

EX-DEPUTADO E EX-MINISTRO, FERNANDO LYRA CONTINUA EM 'ESTADO CRÍTICO'

 

O Instituto do Coração (Incor) informou que “permanece estável” o quadro clínico do ex-ministro Fernando Lyra. Internado no dia 5 de janeiro, Lyra continua “em estado crítico, sedado, sob cuidados intensivos e com necessidade de auxílio respiratório mecânico”, segundo o boletim divulgado.


Lyra ridicularizou Sarney

Figura de destaque da oposição nos anos finais do regime militar, ele fez política durante décadas pelo MDB (depois PMDB) em Pernambuco e foi o primeiro ministro da Justiça depois do regime militar.

Como seu quadro é de estabilidade, o Incor informou, também, que novo boletim médico “será divulgado somente em caso de alteração importante do estado clínico do paciente”. Em boletim anterior, a equipe médica que cuida do político pernambucano dizia que ele estava internado para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave, que o acomete há aproximadamente 20 anos, associada a quadro de infecção sistêmica”.

Na fase mais intensa de combate à ditadura, Lyra pertenceu ao chamado “grupo dos autênticos” do MDB mas aderiu aos moderados e se aproximou do então deputado Tancredo Neves. Com a eleição deste para a Presidência, no início de 1985, acabou convidado pelo presidente José Sarney – que assumiu o Planalto com a morte de Tancredo – para o Ministério da Justiça, onde ficou durante cerca de um ano.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGLyra era um deputado progressista de verdade, na linha de frente no verdadeiro PMDB.
Quando Sarney chegou ao poder, devido à morte de Tancredo Neves, houve uma importante solenidade aqui no Rio, no Teatro Casa Grande, para comemorar a criação do Ministério da Cultura pelo presidente Sarney.
Lyra era ministro da Justiça e fez o discurso de encerramento, em que afirmou a seguinte frase: “Sarney é a vanguarda do atraso“.
Eu estava na primeira fila, bem diante dele, e pensei:
“Sarney vai demiti-lo”. Desculpe, foi engano meu. Lyra não foi demitido e ficou no ministério durante um ano inteiro. Sarney não mandava nada no governo. Era um presidente virtual. Quem mandava era Ulysses Guimarães. (C.N.)

06 de fevereiro de 2013
tribuna da internet

 

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