Lyra ridicularizou Sarney
Figura de destaque da oposição nos anos finais do regime militar, ele fez política durante décadas pelo MDB (depois PMDB) em Pernambuco e foi o primeiro ministro da Justiça depois do regime militar.
Como seu quadro é de estabilidade, o Incor informou, também, que novo boletim médico “será divulgado somente em caso de alteração importante do estado clínico do paciente”. Em boletim anterior, a equipe médica que cuida do político pernambucano dizia que ele estava internado para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave, que o acomete há aproximadamente 20 anos, associada a quadro de infecção sistêmica”.
Na fase mais intensa de combate à ditadura, Lyra pertenceu ao chamado “grupo dos autênticos” do MDB mas aderiu aos moderados e se aproximou do então deputado Tancredo Neves. Com a eleição deste para a Presidência, no início de 1985, acabou convidado pelo presidente José Sarney – que assumiu o Planalto com a morte de Tancredo – para o Ministério da Justiça, onde ficou durante cerca de um ano.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lyra era um deputado progressista de verdade, na linha de frente no verdadeiro PMDB.
Quando Sarney chegou ao poder, devido à morte de Tancredo Neves, houve uma importante solenidade aqui no Rio, no Teatro Casa Grande, para comemorar a criação do Ministério da Cultura pelo presidente Sarney.
Lyra era ministro da Justiça e fez o discurso de encerramento, em que afirmou a seguinte frase: “Sarney é a vanguarda do atraso“.
Eu estava na primeira fila, bem diante dele, e pensei:
“Sarney vai demiti-lo”. Desculpe, foi engano meu. Lyra não foi demitido e ficou no ministério durante um ano inteiro. Sarney não mandava nada no governo. Era um presidente virtual. Quem mandava era Ulysses Guimarães. (C.N.)
06 de fevereiro de 2013
tribuna da internet
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