"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 15 de março de 2013

HUGO CHÁVEZ NÃO PODE SER EMBALSAMADO

O corpo já estaria num estado de decomposição que não permite mais o embalsamento. Especula-se que Chávez teria morrido dias antes, em Cuba, bem antes da morte anunciada em Caracas, e que o caixão que desfilou pelas ruas da capital venezuelana, no cortejo fúnebre não guardava no seu interior o corpo do presidente morto. Essa história traz para realidade um mundo macabro digno do realismo mágico da obra de Gabriel Garcia Marques.
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, também candidato a eleição que ocorrerá no dia 14 de abril, admitiu nesta quarta-feira que será "bastante difícil" embalsamar o corpo de Hugo Chávez, como o governo havia anunciado após a morte do líder venezuelano, no dia 5 de março passado, porque os procedimentos necessários deveriam ter começado "muito antes".

"Recebemos cientistas do mais alto nível, os melhores do mundo, de Rússia e Alemanha (...) e as notícias e opiniões nos dizem que será bastante difícil porque os preparativos deveriam ter começado muito antes", disse Maduro durante um ato transmitido pela TV estatal.

O importante jornal espanhol ABC afirmou categoricamente que ouviu de fontes militares que Hugo Chávez não falecera na Venezuela, como informou o governo, mas sua morte teria acontecido, há pelo menos dez dias antes, em Cuba.

Dito isso, especula-se, se para acontecer o translado de Havana até Caracas e velório, já teriam acontecidos alguns procedimentos para conservação do corpo.

Especialistas em embalsamento afirmam que para uma tentativa de conservação para longo prazo, como desejava o governo venezuelano, a intervenção tem que acontecer, no primeiro, ou nos primeiros dias do falecimento, antes que o corpo comece a decomposição.

Quando Maduro anunciou o embalsamamento, muita gente estranhou. Então um cadáver desfila por sete horas dentro de um caixão, debaixo de um sol escaldante, para ser exposto em seguida por alguns dias e só então se vai embalsamá-lo? As mesmas Fontes militares disseram ao jornal espanhol ABC que aquele cortejo conduziu um caixão com um peso morto, sim — mas não era o corpo do ditador.

Testemunhas que virão Chávez, no velório, descrevem que o seu rosto está estranhamente amarelo, e mais inchado que as últimas imagens divulgadas, coberto por uma forte maquiagem, assemelhando-se a um boneco de cera.

Maduro, após os quinze dias de velório, provavelmente, esteja preparando mais uma solenidade, às vésperas da eleição, promovendo finalmente o sepultamento de Chávez, com mais emoção, possibilidade de arrebanhar eleitores, como última utilização eleitoral do cadáver do presidente morto.
 
*gracias ala vida por yahoogrupos.com.br
15 de março de 2013

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