O “rei do aço”, Jorge Gerdau, que nas horas vagas também é o presidente da Câmara de Políticas de Gestão da Presidência da República, uma mesa onde só se sentam “reis” das industrias de base e de outros setores abençoados pelo BNDES, deu uma daquelas clássicas entrevistas que valem muito mais por quem o diz do que pelo que se diz à Folha de S. Paulo de hoje (aqui).
Pelo tom de suas palavras, ele parece ter-se cansado desse papel.
Olha só o que ele disse sobre a iminência da criação do 39º ministério do governo Dilma:
“tudo tem o seu limite; quando a burrice, ou a loucura, ou a irresponsabilidade vai muito longe, de repente, sai um saneamento”, e nós (o Brasil ou o governo Dilma?) “provavelmente estamos no limiar de um desses momentos”.
São palavras duras, mesmo considerando-se que ele dá a entender, ainda que de forma não muito clara, que toda essa “burrice”, essa “loucura” e essa “irresponsabilidade” não vêm diretamente de Dilma.
Ela, que estaria plenamente consciente que é disso que se trata, “trabalha com meia dúzia de ministérios realmente chave”, em cada um dos quais “não deveria haver mais de meia dúzia de cargos de confiança” que é quanto basta para governar bem qualquer país.
O resto só atrapalha.
Só que, para fazer refluir essa loucura, “a gente tem que encontrar os caminhos dentro das realidades que cada país tem”.
Pois é…
Ha muito tempo já que o problema do Brasil não é o de não saber o que é preciso fazer. Nem tampouco o de falta de gente capaz de fazê-lo. É descobrir como obrigar a máfia que nos governa a permitir que façamos o que todo mundo sabe que é preciso que seja feito.
Ocorre que isto depende de uma tecnologia dominada, empacotada e graciosamente distribuída pelas melhores universidades do mundo, como ele aliás mencionou, tão conhecida quanto as que o dr. Gerdau e mais milhares de profissionais como ele, pelo mundo afora, usam nas suas próprias empresas, e ele agora sugere candidamente que adote o governo deste partido que declara solenemente o seu horror ao mérito.
Portanto, não é da assessoria de grandes empresários dependentes das encomendas ou do poder regulatório do governo, com toda a esmagadora carga de conflito de interesses que essa relação promíscua carrega, que o Brasil está precisando.
É de especialistas em tecnologia institucional.
Só que estes não interessa a governos com planos de poder similares aos do PT contratar.
Quem poderia fazê-lo, a par de financiar o aparato necessário para divulgar as reformas que eles certamente proporiam até que gente suficiente para empurrá-las goela abaixo dos políticos tomasse conhecimento delas e fosse convencida a abraçá-las, são pessoas com os recursos e o conhecimento do mundo dos gerdaus da vida que, no entanto, aqui preferem sentar-se na távola redonda do PT.
Aí sim, eles estariam devolvendo um pouco do muito que tiram deste país.
15 de março de 2013
ucho.info
Pelo tom de suas palavras, ele parece ter-se cansado desse papel.
Olha só o que ele disse sobre a iminência da criação do 39º ministério do governo Dilma:
“tudo tem o seu limite; quando a burrice, ou a loucura, ou a irresponsabilidade vai muito longe, de repente, sai um saneamento”, e nós (o Brasil ou o governo Dilma?) “provavelmente estamos no limiar de um desses momentos”.
São palavras duras, mesmo considerando-se que ele dá a entender, ainda que de forma não muito clara, que toda essa “burrice”, essa “loucura” e essa “irresponsabilidade” não vêm diretamente de Dilma.
Ela, que estaria plenamente consciente que é disso que se trata, “trabalha com meia dúzia de ministérios realmente chave”, em cada um dos quais “não deveria haver mais de meia dúzia de cargos de confiança” que é quanto basta para governar bem qualquer país.
O resto só atrapalha.
Só que, para fazer refluir essa loucura, “a gente tem que encontrar os caminhos dentro das realidades que cada país tem”.
Pois é…
Ha muito tempo já que o problema do Brasil não é o de não saber o que é preciso fazer. Nem tampouco o de falta de gente capaz de fazê-lo. É descobrir como obrigar a máfia que nos governa a permitir que façamos o que todo mundo sabe que é preciso que seja feito.
Ocorre que isto depende de uma tecnologia dominada, empacotada e graciosamente distribuída pelas melhores universidades do mundo, como ele aliás mencionou, tão conhecida quanto as que o dr. Gerdau e mais milhares de profissionais como ele, pelo mundo afora, usam nas suas próprias empresas, e ele agora sugere candidamente que adote o governo deste partido que declara solenemente o seu horror ao mérito.
Portanto, não é da assessoria de grandes empresários dependentes das encomendas ou do poder regulatório do governo, com toda a esmagadora carga de conflito de interesses que essa relação promíscua carrega, que o Brasil está precisando.
É de especialistas em tecnologia institucional.
Só que estes não interessa a governos com planos de poder similares aos do PT contratar.
Quem poderia fazê-lo, a par de financiar o aparato necessário para divulgar as reformas que eles certamente proporiam até que gente suficiente para empurrá-las goela abaixo dos políticos tomasse conhecimento delas e fosse convencida a abraçá-las, são pessoas com os recursos e o conhecimento do mundo dos gerdaus da vida que, no entanto, aqui preferem sentar-se na távola redonda do PT.
Aí sim, eles estariam devolvendo um pouco do muito que tiram deste país.
15 de março de 2013
ucho.info
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