A sede da ABI está toda penhorada
O histórico prédio da ABI, marco da arquitetura moderna, projetado pelos irmãos Marcelo, Milton e Mauricio Roberto, está submetido a 27 penhoras judiciais. Um dos andares, o 11º, já sofreu quatro penhoras sucessivas.
Outros, como o 6º, o 12º e o 13º, estão sujeitos a três penhoras. E quase todos os demais andares já sofreram duas penhoras acumulativas. Até as lojas da ABI – na Rua México, 108, e na Rua Araújo Porto Alegre, 71 – também estão penhoradas.
Há, ainda, uma série de ações trabalhistas que continuam pendentes.
Os problemas financeiros vêm desde a gestão de Barbosa Lima Sobrinho. Acreditava-se que a ABI pudesse se recuperar, ao passar a ser conduzida por Mauricio Azedo. Mas isso não aconteceu. Azedo está com problemas de saúde, e a Associação passou a ser gerida irregularmente pela esposa dele, Maria Ilka, que não pertence à Diretoria nem a nenhum dos Conselhos. E a situação acabou se complicando.
Para evitar a derrocada da mais importante e influente instituição da sociedade civil brasileira, um grupo de jornalistas se uniu para concorrer às próximas eleições, dia 26 de abril, quando serão escolhidos sete membros do Conselho Consultivo da ABI; sete do Conselho Fiscal; sete da Diretoria e 15 membros efetivos e 15 suplentes do Conselho Deliberativo da associação.
Formou-se, assim, a chapa Vladimir Herzog – Uma ABI para Todos, que defende a transparência administrativa e a democratização das decisões. É liderada por quatro jornalistas muito importantes e conhecidos, que sempre lutaram pela preservação da ABI – Domingos Meirelles, Milton Coelho da Graça, Jesus Chediak e Paulo Jerônimo (Pagê).
A chapa vem forte, com adesão de Ziraldo, Carlos Chagas, Lima de Amorim, Maurílio Ferreira, Orpheu Santos Salles, Ágata Messina, Lindolfo Machado, Márcia Guimarães, Zuenir e Mary Ventura, Marcelo Euler, Flavio Tavares, Ricardo Kotscho, Audalio Dantas, Juca Kfuri, Jesus Antunes e Luarlindo Ernesto, entre muitos outros.
O importante é que a ABI tem de ser preservada, a qualquer custo. O assunto é de interesse público, por isso vamos voltar a ele.
13 de março de 2013
Carlos Newton
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