Um dia de festa, 30 anos da CUT, muita comemoração. O ex-presidente Lula estava no clima da festa, animado, comemorando. Fez um discurso inebriante.
1 – Sobre seus adversários: “Essa gente nunca quis que eu ganhasse as eleições”. Talvez por isso fossem adversários. Se quisessem que Lula ganhasse as eleições, não seriam seus adversários, seriam aliados. Ou talvez nem quisessem que ele ganhasse, mas estavam no PMDB e aproveitaram para ganhar junto.
2 – Sobre si mesmo: “Eu ando lendo muito agora”. Claro, claro. E o professor Delfim Netto está emagrecendo, e o prefeito ACM Neto está ficando mais alto.
3 – Sobre imprensa e História: “Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim”. Para os lulistas, ao cooptar congressistas para votar a Abolição, Lincoln fez o mesmo que o Governo do PT: usou a única maneira possível de garantir a governabilidade. Só que Lincoln para aprovar a libertação dos escravos, sem sequer pensar – um político das antigas, sem “capitão do time”, sem Delúbio, sem Boy, sem PMDB – em coisas mais modernas e permanentes, como por exemplo o Mensalão.
Mas, justiça seja feita, o ex-presidente Lula só tratou de temas políticos. As piadas que surgiram, comparando-o a um automóvel vermelho Lincoln 51, de alto consumo, ou aos cigarros Lincoln, que tiveram seu momento de glória e logo sumiram, ainda antes que se soubesse que cigarro faz mal, foram criadas por aqueles que “não queriam que ele ganhasse as eleições”.
Coisa muito injusta
04 de março de 2013
Carlos Brickmann
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Juro que eu pensei que o 51 fosse uma referência ao aguardente... Só me toquei depois quando atinei com o complemento "com pouco uso".
m.americo
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