“No momento em que o Brasil ainda assimila com enorme preocupação mais um pífio resultado da economia, seria prudente que a presidente descesse do palanque e enfrentasse com competência e coragem os reais desafios do Brasil.
Nesse momento, o Brasil precisa muito mais de uma presidente do que uma candidata”.
O senador mineiro afirmou que, quinze dias atrás, na comemoração aos 10 anos do PT no governo, Dilma também atacou o PSDB – em especial o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na ocasião, ela declarou que não herdou os feitos do governo tucano. Depois, FHC a acusou de ser “ingrata”, numa troca de acusações sobre as heranças dos governos anteriores.
“É curiosa a obsessão que a presidente da República tem pela Oposição. Assim como fez na festa de seu próprio partido, também na convenção de seu maior aliado ela demonstra a dimensão de sua preocupação com as críticas sérias e responsáveis que temos feito”, ressaltou Aécio.
SEM ARGUMENTOS
Em Brasília, até quem há pouco tempo atrás era entusiasta da candidatura de Aécio à presidência da República em 2014, ficou decepcionado com seu discurso, considerado anêmico e despido de argumentos sólidos.
Consideraram sem qualquer embasamento as afirmações de que a presidente não governa e que ela não enfrenta “com competência e coragem os reais desafios do Brasil”.
Quanto ao fraco desempenho da economia brasileira, nos últimos tempos, ser creditado à presidente Dilma, afirmaram ser leviana essa afirmação, pois países mais ricos do que o Brasil, vêm experimentando resultados iguais ou piores que os nossos.
TEMER, SEM CONFIRMAÇÃO
A presidente da República foi a personalidade de maior destaque da convenção nacional do PMDB, que reelegeu o vice-presidente Michel Temer para o comando da sigla. Na ocasião, Dilma ressaltou a aliança do Partido dos Trabalhadores com os peemedebistas, mas não fez menções explícitas à composição de chapa com Temer para 2014.
Em discurso na convenção do PMDB, Dilma declarou que os “mercadores do pessimismo” vão perder – depois de terem previsto racionamentos de energia que não ocorreram no país e apostarem “todas as fichas” no fracasso do governo.
“Eu tenho certeza que todos vocês sabem que torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil. Em tudo o que foi feito, é normal que nós tenhamos enfrentado interesses divergentes que estavam acostumados ao passado e não queriam mudanças. Mas com a força política da coalizão que sustenta o governo, nós PT, PMDB e partidos aliados, estamos vencendo as resistências e os obstáculos”, disse a presidente.
Ela destacou, também, que, junto com o PMDB, seu governo fez “muito” pelo país. “Fizemos o que era difícil, o que parecia impossível, o que nossos adversários políticos quando puderam, não souberam ou não quiseram fazer”.
04 de março de 2013
José Carlos Werneck
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