As maiores empreiteiras de obras e serviços não levam a sério a bravata lançada ontem por Sérgio Cabral Filho de suspender todos os pagamentos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, exceto o pagamento de servidores e transferências a municípios, até que o Supremo Tribunal Federal decida sobre a constitucionalidade da lei a ser promulgada pelo Congresso roubando os royalties de petróleo do RJ, ES e SP.
Tão ou mais grave
que a decisão idiota e claramente inconstitucional tomada pelos deputados e
senadores é a ameaça de Cabral. Calotes no pagamento da merenda escolar e na
compra de material hospitalar são criminosos, burros e atentam contra o
interesse público. Ninguém acredita que Cabral tire o leitinho de suas
tradicionais financiadoras de campanha – as construtoras Odebrecht, Andrade
Gutierrez, Queiroz Galvão, Carioca Engenharia e OAS. O blefe de Cabralzinho é
uma infantilidade política.
A Presidenta
Dilma Rousseff odiou atitude de Cabral. Ficou com raiva, principalmente, das
ameaças de tirar incentivos e não liberar licenças ambientais da Petrobras – que
passa por um momento problemático e não pode correr risco de novos prejuízos.
Dilma avalia que a guerra dos royalties pode lhe provocar desgaste na imagem
para a reeleição em 2014. Se Cabralzinho lhe criar dores de cabeça, perde a
quase acertada e tão sonhada vaga de vice-presidente (substituindo Michel
Temer).
Caberá ao Supremo
Tribunal Federal definir a partir de que momento a nova legislação dos royalties
valerá ou não. A tendência é que sejam preservados os contratos antigos – o que
mantém a atual situação de pagamento de compensações bilionárias a RJ, SP e
Espírito Santo. Como o assunto mexe com a governabilidade, gerando um
desequilíbrio na nossa federação de mentirinha, o STF tende a julgar o caso
rapidamente, assim que for acionado pelos três estados
prejudicados.
A nova regra,
claramente, é um desastre jurídico. Nada menos que 142 dispositivos foram
vetados pela Presidenta Dilma. A Câmara dos deputados derrubou os vetos
presidenciais por placares que variaram entre 349 e 354 votos (já que cada um
dos 142 foi apreciado separadamente). No Senado, 54 dos 81 senadores
sacramentaram a derrubada dos vetos de Dilma.
O Congresso deu
uma rasgada na Constituição. O Artigo 20 prevê a compensação de Royalties aos
estados e municípios produtores de petróleo e gás. A repartição era claramente
definida pela Lei ordinária 9.478, de 6 de agosto de 1997. A lambança
legislativa de agora é maior ainda – porque a nova regra de distribuição joga
com a receita da exploração na camada pré-sal (que é um ovo incerto e caro
sonhado para um dia sair da barriga da galinha de ouro
negro).
De imediato, a
indefinição sobre a guerra dos royalties já arma uma sensação de insegurança
jurídica para a 11ª rodada de licitação para novos blocos de exploração de óleo
& gás – agendada para maio. O governo e sua desastrada base aliada
conseguiram armar uma crise de complicada solução que pode ter reflexos muito
negativos para a planejada reeleição de Dilma.
Uma coisa é
certa. O Rio vai para o saco. Se Cabral cortar mesmo as verbas, a economia vai
desandar, na véspera da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas... A
Petrobras – a joia da coroa capimunista – será uma das maiores prejudicadas. O
triste é quem vai pagar, como de costume, o alto preço da irresponsabilidade
política: o otário cidadão-eleitor-contribuinte.
Mas tal situação merece um adendo de análise. Será que o Rio de Janeiro só sobrevive do "cheque especial" dos Royalties? A arrecadação não é suficiente? A grana de compensação pela exploração de petróleo representa 1/4 da receita estadual. E os outros 3/4 - não são suficientes? Cabe também uma avaliação crítica de como são gastos os recursos dos royalties - pelo governo estadual e pelos municípios beneficiados. Não existe transparência sobre isto. Imagina-se que o desperdício e a roubalheira não gerem os benefícios previstos legalmente.
Junto com a campanha pelo retorno do dinheiro dos royalties, caberia uma cobrança também pela transparência dos gastos e investimentos públicos oriundos do "ouro negro"...
Piada internacional
Mas tal situação merece um adendo de análise. Será que o Rio de Janeiro só sobrevive do "cheque especial" dos Royalties? A arrecadação não é suficiente? A grana de compensação pela exploração de petróleo representa 1/4 da receita estadual. E os outros 3/4 - não são suficientes? Cabe também uma avaliação crítica de como são gastos os recursos dos royalties - pelo governo estadual e pelos municípios beneficiados. Não existe transparência sobre isto. Imagina-se que o desperdício e a roubalheira não gerem os benefícios previstos legalmente.
Junto com a campanha pelo retorno do dinheiro dos royalties, caberia uma cobrança também pela transparência dos gastos e investimentos públicos oriundos do "ouro negro"...
Piada internacional
Gaiatos da internet acabam de lançar uma campanha transnacional para que Luiz Inácio Lula da Silva, um experiente ex-Presidente ainda atuante no governo da sucessora, seja indicado para Papa.
Os piadistas, falando sério, alegam com vantagens competitivas do candidato o fato de ter discurso messiânico e gostar de ser endeusado por uma massa com fé política quase religiosa.
Se pudesse ser escolhido pelos cardeais, o novo Papa receberia o batismo de Luiz 51...
Caso tal campanha desse certo, qual seria o cargo ocupado por Gilberto Carvalho no Vaticano?
Capimunismo de m...
Depois da
salvadora ajuda, com consultoria e promessa de crédito dada pelo BTG, o
empobrecido bilionário Eike Batista agora pede ajuda à
Petrobrás?
Não deveria ser o
contrário, já que a estatal de economia mista anda passando
dificuldades?
Problema
é que o Capimunismo tupiniquim funciona assim: os pretensos empreendedores
privados só jogam com a grana estatal – que em muitos casos acaba na
privada...
Se fosse parente...
O ódio pessoal de
José Dirceu contra Joaquim Barbosa aumentou
sensivelmente.
Só porque o
presidente do STF não deixou o rico condenado no Mensalão viajar para o velório
e enterro de Hugo Chávez - seu companheiro do Foro de São
Paulo.
O terrível
Barbosa negou o pedido de viagem a Caracas, alegando o fato objetivo de que
Chávez não era parente próximo de Dirceu...
Passport pode...
Fala sério
Dia Internacional
da Mulher devia ser todo dia...
Retorno marcado?
Vida que
segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
08 de março de 2013
Jorge Serrão é Jornalista,
Radialista, Publicitário e Professor.
alerta total
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