Era só o que faltava: Chávez embalsamado para sempre, junto com Lênin, Mao, Ho Chi Min, Kim Il Sung e Kim Jong Il.
Uma coisa é falar a verdade sobre a Venezuela, reconhecendo a corrupção de seus políticos e de suas elites, que propiciou o surgimento de um líder popular como o tenente-coronel Hugo Chávez, que se insurgiu contra o presidente Andrés Perez e depois se tornou o melhor presidente do país, triplicando o PIB em 14 anos (grande façanha, não há dúvida) e ampliando a ajuda aos menos favorecidos (75% da população).
Aliás, todo esse mistério que cerca a morte do presidente venezuelano um dia virá à tona, e a verdade será constrangedora. Tudo indica que, quando Chávez viajou para Cuba, desta vez já estava em situação terminal, era um morto-vivo. E a notícia mais interessante a respeito surgiu pouco dias depois dessa "internação" em Havana, quando se anunciou que havia chegado a Cuba um dos maiores especialistas mundiais em embalsamento.
Ou seja, as autoridades venezuelanas, em comum acordo com as cubanas, já estavam preparando a preservação do corpo de Chávez, nos mesmos moldes do embalsamamento do líder da Revolução Russa, Vladimir Illitch Ulianov, o Lênin. Como se sabe, desde 1924 o corpo está exposto, e ainda hoje é atração (agora, meramente turística) no mausoléu da Praça Vermelha, em Moscou.
O mesmo aconteceu com Mao Tsé-tung, o líder chinês, cujo corpo é exibido desde 1976 na Praça da Paz Celestial, em Pequim, com o vietnamita Ho Chi Min em Hanói, e com os norte-coreanos Kim Il Sung (1994) e seu filho e sucessor, Kim Jong Il (2011), com os corpos expostos em Pyongyang, na Coreia do Norte.
Ao que parece, desde que se constatou que a doença de Chávez não tinha reversão, começou a ser desenvolvido o projeto de embalsamá-lo. É uma prática mórbida e execrável, mas tem grandes resultados políticos. O resto foi tudo encenação, inclusive a foto de Chávez "se recuperando", ao lado das filhas, com o pescoço à mostra e sem sinais da traqueostomia, poucos dias antes de morrer, conforme denunciamos aqui no Blog da Tribuna da Imprensa.
A desfaçatez dessas "autoridades" venezuelanas é inigualável. Deviam montar um circo e sair excursionando com o corpo de Chávez pelas feiras no interior.
08 de março de 2013
Carlos Newton
Uma coisa é falar a verdade sobre a Venezuela, reconhecendo a corrupção de seus políticos e de suas elites, que propiciou o surgimento de um líder popular como o tenente-coronel Hugo Chávez, que se insurgiu contra o presidente Andrés Perez e depois se tornou o melhor presidente do país, triplicando o PIB em 14 anos (grande façanha, não há dúvida) e ampliando a ajuda aos menos favorecidos (75% da população).
"QUE SERVIÇO BEM FEITO! SÓ FALTA FALAR!" |
Outra coisa, muito diferente, é o que está acontecendo com o culto a Chávez. Seu corpo, embalsamado, será exibido "ad eternum", algo realmente deplorável, em meio às contradições sobre a evolução da doença e o "tratamento".
Aliás, todo esse mistério que cerca a morte do presidente venezuelano um dia virá à tona, e a verdade será constrangedora. Tudo indica que, quando Chávez viajou para Cuba, desta vez já estava em situação terminal, era um morto-vivo. E a notícia mais interessante a respeito surgiu pouco dias depois dessa "internação" em Havana, quando se anunciou que havia chegado a Cuba um dos maiores especialistas mundiais em embalsamento.
Ou seja, as autoridades venezuelanas, em comum acordo com as cubanas, já estavam preparando a preservação do corpo de Chávez, nos mesmos moldes do embalsamamento do líder da Revolução Russa, Vladimir Illitch Ulianov, o Lênin. Como se sabe, desde 1924 o corpo está exposto, e ainda hoje é atração (agora, meramente turística) no mausoléu da Praça Vermelha, em Moscou.
O mesmo aconteceu com Mao Tsé-tung, o líder chinês, cujo corpo é exibido desde 1976 na Praça da Paz Celestial, em Pequim, com o vietnamita Ho Chi Min em Hanói, e com os norte-coreanos Kim Il Sung (1994) e seu filho e sucessor, Kim Jong Il (2011), com os corpos expostos em Pyongyang, na Coreia do Norte.
Ao que parece, desde que se constatou que a doença de Chávez não tinha reversão, começou a ser desenvolvido o projeto de embalsamá-lo. É uma prática mórbida e execrável, mas tem grandes resultados políticos. O resto foi tudo encenação, inclusive a foto de Chávez "se recuperando", ao lado das filhas, com o pescoço à mostra e sem sinais da traqueostomia, poucos dias antes de morrer, conforme denunciamos aqui no Blog da Tribuna da Imprensa.
A desfaçatez dessas "autoridades" venezuelanas é inigualável. Deviam montar um circo e sair excursionando com o corpo de Chávez pelas feiras no interior.
08 de março de 2013
Carlos Newton
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