O sistema de saúde indiano foi revolucionado por inovadores. Por que eles não podem fazer o mesmo pela educação?
Há um movimento crescente na Índia defendendo o acesso de crianças pobres a escolas privadas. Não há dados nacionais confiáveis em escala nacional, mas um relatório do India Institute, um centro de estudo, descobriu que 65% das crianças de Patna, uma cidade razoavelmente representativa, estão matriculadas em escolas privadas. E 70% dos pais que matriculam seus filhos em escolas públicas optariam por colocá-las em escolas privadas se pudessem bancar as modestas mensalidades de 50 a 500 rúpias (US$ 1 a 10).
A disponibilidade de pais pobres de
pagar por algo que o estado fornece carrega muitos significados. Este é um sinal da paixão dos indianos comuns pela educação. Ainda assim, a Índia inova muito menos em educação que em saúde. Jeff Immelt, presidente da General Electric, celebra o fato de que “todo médico indiano é um empreendedor”. A GE transformou a Índia em se centro global para a “inovação de custo baixo”.
Devi Shetty, um médico de Bangalore,aplica os princípios da economia de escala para reduzir significativamente o custo de cirurgias cardíacas. Anant Kumar criou uma rede de clínicas neonatais de baixo custo chamada LifeSpring. É difícil encontrar um exemplo semelhante no campo da educação.
Empreendedores da educação têm que obter dezenas de licenças e lidar com inúmeros fiscais sedentos por propinas. A área da saúde também é regulada, mas a regulamentação das escolas privadas (que ameaçam um monopólio público) parece ter sido criada para complicar a vida delas.
A lei de educação de 2009 (que entra em efeito no ano que vem) determina o tamanho mínimo de pátios e o nível mínimo dos salários do corpo docente.
O governo da Índia está longe de ser o único a barrar a reforma escolar, mas os países que permitiram que empreendedores educacionais desenvolvessem seus projetos colheram bons resultados.
29 de março de 2013
Fontes:
The Economist - New rules for schools
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