Novo livro de Charles Wheelan consegue transformar a estatística em algo interessante e divertido
Hoje em dia, há dados por todos os lugares; o problema é entendê-los. Este é o papel da estatística, a matéria que tantos evitam estudar na faculdade. Charles Wheelan, professor do Dartmouth College (e ex-correspondente da revista Economist em Chicago), conseguiu realizar uma façanha: transformar a estatística em algo interessante e divertido.
Seu livro “Naked Statistics: Stripping the Dread from the Data” retira a camada de complexidade do assunto e expõe o que há de interessante por baixo.
A estatística e a probabilidade são ferramentas intelectuais importantes. A estatística permite a compressão de uma enorme quantidade de informação em alguns poucos números significativos.
A probabilidade permite que as pessoas façam decisões racionais a partir de informações imperfeitas por meio da quantificação da incerteza.
Elas são os pilares da sociedade moderna, responsáveis pelo lançamento de foguetes e pelos filtros de spam. Pessoas de todos os tipos têm se dado conta de que uma familiaridade com os números é necessária.
O problema é que o assunto costuma ser ensinado por pessoas que gostam da estatística, não aquelas que simplesmente se preocupam em torná-la útil. “Naked Statistics” é interessante porque foca no propósito da estatística, não em sua elegância interior.
O livro também se apoia no humor apatetado (apresentado em um livro anterior, “Naked Economics”) que já se tornou uma marca registrada de Wheelan, para manter os leitores envolvidos e relaxados.
O resultado é formidável. O leitor fica sabendo porque o seguro para itens de valor baixo é inútil e porque jogar na loteria é uma via expressa para a pobreza.
Em partes mais sérias, o livro explica as abordagens estatísticas básicas usadas em um estudo de 2011 que estabelecia uma correlação entre o tamanho do cérebro de uma criança e o autismo.
Ademais, há muitos fatos estatísticos interessantes, como, por exemplo, a de que é provável que mil mortes extras tenham ocorrido nos três meses após os ataques de 11 de setembro de 2001 devido ao fato de que mais pessoas decidiram viajar de carro em vez de voar.
29 de março de 2013
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