Abcdefghjklmnopqrstuvxz, 23 letrinhas que choram num soluço de dor (ou numa declaração de amor).
Arrumadas de forma conveniente produzem a Bíblia, o Torah e o Alcorão (em português falado no Brasil). A Enciclopédia Britânica, 1984, As portas da Percepção, Guerra e Paz, As profecias de Nostradamus, o Acórdão do STF e os nomes da Gangue dos Quatro, que votou em bloco pra livrar as caras dos mensaleiros: Melandowski, Dias Toffoli e as moçoilas Cármen Lúcia e Weber.
Os votos na Comissão de Constituição e Justiça dos cidadãos acima de qualquer suspeita Genoíno, João Paulo Cunha e Paulo Maluf.
O “Apocalipse Segundo João”, “As Portas da Percepção”, as letras do Jim Morrison e Bob Dylan, “She´s Like a Rainbow” de Jagger e Keith Richard. As Obras Completas de Shakspeare e dos Beatles, as poesias do Vinícius, o Pai Nosso Que Estais no Céu, a “Ave Maria no Morro”, “Aquele Abraço” do Gil, “Fio Maravilha” de Jorge Ben, Luís “Respeita Januário” Gonzaga. “Eu quero é sossego”, do Tim Maia, que sossegou.
E mais toda a sabedoria, humor e tragédias da humanidade, aí incluídos o besteirol “50 Tons de Cinza” e porno-assemelhados, como “Fome Zero”, “Pac”, “Minha Casa Minha Vida”, “O Mensalão Não Existe”, “Nunca antes na história deçepaíz”.
Há também os tarjas-pretas impróprios para dimenores,”Relaxa e Goza” e “Lula é Deus”, atribuídos à Martaxa e “Quando Lula fala o país se ilumina”, obscenidade de suposta autoria de Spinoza, pronunciada através do cérebro, boca, língua e lábios da Profª Drª Chauí.
“And last but not the least”, o imortal enunciado do cientista Luís Inácio, verdadeiro autor da Teoria da Relatividade, dele surrupiada pelo Hospital Albert Einstein. Candidato com toda justiça ao Prêmio Nobel de Física Quântica por ter demonstrado que “se a Terra fosse quadrada ou retangular, noçopaíz não tinha polussão”.
Seus estudos são aplaudidos por Hawking e Sagan , a romancista de “Bonjour Tristèsse”, não o Carl, de “A verdade está lá Fora”. A Teoria do Big Bang, que só ocorreu por sua vontade, permissão e comando, está em vias de sofrer correções.
Invente a bobagem que quiser, como “Paz e Amor”, “Eu te amo”, “Você é bipolar”, “A inflação é conquista nossa!” (de indiscutida autoria da Tia), que aquelas 23 letrinhas produzem.
Durante alguns anos usei-as neste espaço plural deste DC para divulgar ideias paranoicas e teorias da conspiração que, espero, os leitores não tenham levado a sério; eu levei, para desabafar e me divertir.
A cada desabafo, divirto-me menos e sou remetido a uma magistral definição da Itália, feita pelo sisudo The Times, de Londres: “Não é só impossível governar a Itália; é inútil”.
Não é só impossível entender a aceitação bovina do “país dos mais de 80%” a toda a corrupção praticada nas nossas fuças — é inútil.
O que sobra em indignação em uma parcela da população, chamada com desprezo de “zelite”, sobra em porres de alegria para quem privatiza nos seus bolsos o nosso Pib – Produto Interno dos Burros.
Nós somos os burros de carga que produzimos, enquanto “eles”, você sabe quem são eles, socializam (rachuncham entre os sócios) cada centavo que pinga na soma dos trilhões que nos arrancam do couro em impostos escorchantes.
O “Leão” é apenas um cobrador treinado para cobrar; o perigo reside no seu “domador”, que o põe para cobrar. “Um dia é da caça o outro é do caçador”. É nada.
Fiz 70 anos na semana passada e nunca vi um só dia da caça. Não acredite em “vox populi vox Dei”. Vox populi é vox Deles, espalhada aos quatro mil ventos pela maior verba de propaganda oficial nunca antes vista “neçepaíz”, para hipnotizar, capturar e aprisionar corações e mentes do povão do “país dos mais de 80%”.
Não o meu coração nem a minha mente; não sou povão, sou zelite assumido, estrangeiro sem visto de permanência nesse país dos infelizes felizes , que com 71 reais por mês foram catapultados à Crasse Mérdia, por Decreto Imperial da Imperatriz.
Contemplo 3 saídas possíveis, que fantasio usar: Congonhas, Guarulhos e Viracopos, vira vira vira, virou! Se for pra virar, que seja Black Label cowboy e não a preferência oficial nacional, a 51.
Tenho a sensação de que perdi o meu tempo e o tempo de quem me leu, se é que alguém leu, e desperdicei este precioso espaço. Aprendi que espaço livre na imprensa é mais uma espécie em risco de extinção, como a ararinha azul.
Sei que a Democracia é a prevalência da vontade da maioria. Respeito-a, mas suspeito de que essa Democracia que temos é “La Democrácia” dos irmãos Castro, Evo Morales, La Kirchner, do Fantasma de Chávez reencarnado no Passarinho Bolivariano, do Lula e da Madama, iluminada, “La Democrácia”, pelos Faróis da Humanidade, o Cumpanhero Stálin e o gordinho da Coréia do Norte. Conte comigo fora dessa.
A rapadura está implorando para ser atirada ao lixo, por amarga que ficou; e estou a ponto de jogar a toalha.
Os mensaleiros ameaçam melar o julgamento do STF, cana neles.
28 de abril de 2013
Neil Ferreira
Por Neil quase desistindo Ferreira, publicado no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo
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