"AGORA É COALIZÃO"
Dossiê norte-americano adverte que Lula fará "populismo socialista" para
conquistar a reeleição por mais 6 anos
Exclusivo - Um organismo, sediado em Washington, que estuda e monitora a
realidade da América Latina, enviou ao Senado brasileiro um documento em que
chama a atenção para os próximos movimentos políticos do presidente Lula da
Silva, rumo a um "populismo socialista". O estudo adverte que Lula pretende
lançar medidas populares de impacto, incentivando o consumo para seus eleitores
de baixa renda. Segundo o dossiê, a intenção de Lula é consolidar seu poder de
voto para uma futura reforma política que vai autorizar, a partir de 2008, a
reeleição para um mandato de mais seis anos .
O documento assinala que Lula prepara um dos maiores movimentos de
reestruturação econômica, voltado para as classes populares, dentro do projeto
de longevidade no poder. Segundo o estudo, os EUA estariam muito preocupados
com este tipo de populismo no Brasil, que é um País continental e onde o povo é
submisso, sem cultura e informação para avaliar as conseqüências políticas deste
movimento rumo ao socialismo. O plano de Lula é comparado ao do venezuelano Hugo
Chávez.
Segundo o estudo, conta com o apoio de grandes investidores
europeus.
O dossiê, vindo dos EUA com a classificação "confidencial", foi analisado
segunda-feira, com toda cautela, em uma reunião fechada, do Colégio de Líderes
do Senado. Alguns parlamentares o viram com ceticismo. Outros senadores chamaram
a atenção para fatos objetivos já em andamento. Um dos principais pontos do
estudo alerta para uma especulação de mercado sobre a adoção de um novo pacote
econômico, até o fim do ano, assim que fosse proclamada a vitória eleitoral de
Lula. Aliás, o dossiê chama a atenção para os problemas na aprovação das contas
da campanha presidencial de Lula.
Curiosamente, segundo observou um senador, os norte-americanos
anteciparam o parecer de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral, que
constataram "irregularidades insanáveis " na prestação de contas da campanha à
reeleição. O PT recebeu R$ 10 milhões de empresas que têm concessões de
serviços públicos, o que a lei proíbe.
O estudo norte-americano adverte para a possibilidade de um confisco
tributário em fundos e em poupanças acima de R$ 50 ou 60 mil reais.
Nos dois casos, o dinheiro só poderia ser movimentado de seis em seis
meses, sob risco de remuneração quase nula. Os fundos seriam tributados em 35%
dos ganhos. Segundo o documento, o Banco Central do Brasil tem um levantamento
completo sobre os investimentos feitos por 36 milhões de pessoas, entre
brasileiros e estrangeiros.
Uma das propostas em estudo no governo é que os fundos de pensão
redirecionem R$ 80 bilhões, aplicados em títulos públicos, para investimento
direto em empresas e projetos de infra-estrutura. A baixa rentabilidade da renda
fixa, com os cortes de juros na taxa selic, obrigaria os fundos a buscarem
opções mais rentáveis para aplicar a maior parte dos R$ 190 bilhões mantidos em
títulos públicos de seus ativos totais, estimados em R$ 350 bilhões.
Assim, os fundos multimercado seriam grande cartada dos investidores
para 2007.
O dinheiro seria usado para ampliar programas de compensação de renda
(como o bolsa família), que se mostraram eficazes armas eleitorais. Lula também
quer direcionar tal dinheiro dos fundos para áreas populares, investindo em
infra-estrutura - setor de baixo risco, rentabilidade moderada e que gera caixa
para as empresas, emprego e renda em longo prazo. O governo também quer
investir pesado no segmento de moradias populares. Segundo dados oficiais,
mais de 90% do gigantesco déficit habitacional de 7 milhões e 800 mil
residências está na faixa de famílias com renda de até cinco salários
mínimos.
No cenário desenhado pelos norte-americanos , uma coisa é certa. O
governo vai criar por Medida Provisória um fundo para obras de infra-estrutura
com recursos do FGTS. A novidade ruim é que o risco do investimento ficará com o
trabalhador. Os trabalhadores poderão investir até 20% dos saldos de suas contas
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na construção de rodovias, ferrovias e
portos, além de obras nos setores de saneamento básico e energia elétrica. O
novo fundo será chamado de FI-FGTS. Terá orçamento inicial de R$ 5 bilhões,
originários do patrimônio líquido do FGTS.
Bolsa Carro?
Além do plano para os fundos, os norte-americanos revelam que Lula fechou
acordo com uma companhia chinesa para financiar carros populares pela bagatela
de R$ 5 mil reais. Os carros seriam subsidiados com financiamentos do BNDES, no
prazo de 60 meses. Os veículos seriam de passeio e mini-vans para transporte
de mercadorias.
Outra idéia seria reduzir impostos para aparelhos de consumo mais
populares, e aumentar ainda mais a carga tributária para bens não populares,
como automóveis de luxo.
Comissários do Povo?
Um dos pontos mais polêmicos revelados pelos norte-americanos é que o
governo Lula quer patrocinar um projeto de segurança voltado para a organização
de milícias de bairros. As milícias foram uma idéia copiada da
Venezuela.
Na terra de Hugo Chávez, o síndico de bairro tem poderes de um
xerife.
O modelo lembra os velhos "comissariados do povo", da extinta (porém
mais viva que nunca na cabeça dos petistas) União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas.
FORTUNA DE LULA
O estudo revela que a fortuna pessoal de Lula da Silva é estimada pela
revista Forbes em 2 bilhões de dólares . O presidente estaria usando tal fortuna
para comprar televisões a cabo, a fim de formar uma rede de comunicação com o
filho Lulinha, que estaria administrando uma fortuna pessoal de R$ 900 milhões
(Vide contratação do Lulinha pela Band ) Lula espera comprar uma rede de
televisão, para preparar uma rede pessoal de divulgação para sustentar o
trabalho de comunicação do governo
petista.
petista.
Lula comprando jornalistas amestrados ?
No estudo norte-americano, foi identificada a preocupação do presidente
em manter várias redes de televisão sob seu controle.
Segundo o dossiê, o presidente estaria pagando "por fora" para
jornalistas famosos, de grandes redes de tevê e jornais, especialmente
escalados para analisar a notícia de uma maneira não contundente ao governo
petista. O estudo também adverte que o presidente estaria comprando a oposição
com ameaças de denunciar as mazelas dos opositores.
28 de abril de 2013
Por Jorge Serrão
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