"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 2 de abril de 2013

CASAGRANDE EXPÕE "INFERNO" DAS DROGAS E DOPING NA EUROPA EM AUTOBIOGRAFIA

Ex-atacante abriu o seu passado controverso e se revela em livro prestes a ser lançado
 
Divulgação
Capa da autobiografia de Casagrande

Walter Casagrande Júnior prepara para a próxima semana o lançamento de “Casagrande e seus demônios”. Na autobiografia, escrita em parceria com Gilvan Ribeiro, ele conta a dificuldade vivida por sua dependência química e momentos importantes de sua trajetória, como a amizade com Sócrates.
 
“Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”, afirma o escritor Marcelo Rubens Paiva, que assina o prefácio.
 
No livro, apresentado por Antonio Prata, o ex-jogador conta também que fez uso de doping, por meio de injeções musculares fornecidas por seu clube, quando atuava na Europa, onde defendeu Porto, Ascoli e Torino. “Cansaço? Esquece. Se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas”, conta o artilheiro, que disse ter se manifestado contra a atitude e se negado a manter o uso da substância proibida.
 
“Casagrande e seus demônios”, porém, não se resume às drogas. Rock, política, mulheres e Corinthians são alguns dos assuntos retratados na publicação, que separa um capítulo especial para Sócrates. Parceiro de Casão na Democracia Corinthiana, o Doutor chegou a se afastar do amigo antes de se reconciliar com ele, pouco antes de morrer, em 2011.
 
“Ainda bem que nos reaproximamos no final da vida dele. Caso contrário, a dor seria insuportável”, diz o ex-centroavante, criticado por Sócrates por aceitar trabalhar na TV Globo, em um dos trechos do livro, editado pela Globo Livros, que acaba de chegar ao mercado.
02 de abril de 2013
Gazeta

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