"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 19 de abril de 2013

PETROBRAS AMARGA DÉFICIT COMERCIAL DE US$ 7,3 BILHÕES NO 1o. TRIMESTRE


O déficit comercial da Petrobrás superou US$ 7 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Os números divulgados nesta quinta-feira, 18, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicam que as importações da estatal somaram US$ 10,166 bilhões (preço FOB) entre janeiro e março. As exportações, por sua vez, totalizaram US$ 2,770 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$ 7,396 bilhões.

O montante equivale a mais de quatro vezes o déficit de US$ 1,679 bilhão reportado pela Petrobrás nos três primeiros meses do ano passado. Os números consideram apenas as operações realizadas pela Petrobrás e, portanto, não incluem vendas e compras feitas por controladas da estatal que possuem outro CNPJ, caso da Petrobrás Distribuidora.

O salto do déficit trimestral é explicado pela combinação de queda das exportações e aumento das importações. As compras externas saltaram 40,20% nessa base comparativa, enquanto as exportações encolheram 50,29%. Vale destacar que a demanda doméstica por combustíveis se manteve aquecida no início do ano, obrigando a Petrobrás a manter as importações de derivados como gasolina e diesel. Por outro lado, a companhia registrou queda da produção de óleo em território brasileiro, o que afeta a receita com exportações.

Com a queda da receita proveniente de vendas externas, a Petrobrás se distancia da líder Vale no ranking das maiores exportadoras do País. A mineradora encerrou o trimestre com alta de 3,8% nas exportações, com um total de US$ 5,566 bilhões em vendas. Dessa forma, a diferença de vendas externas entre as empresas ficou em quase US$ 3 bilhões a favor da Vale. No primeiro trimestre do ano passado, a Petrobrás ocupava a liderança do ranking, com vendas de US$ 5,572 bilhões, ante US$ 5,363 bilhões da Vale.

Março.  Quando considerado apenas o mês de março, as importações da Petrobrás cresceram 5,68% em relação ao mesmo período do ano passado e somaram US$ 3,149 bilhões. As exportações, por sua vez, caíram 26,37%, para um total de US$ 1,535 bilhão. O saldo comercial da estatal no mês, portanto, ficou deficitário em US$ 1,614 bilhão. No mesmo mês de 2012, o déficit havia somado aproximadamente US$ 900 milhões.

19 de abril de 2013
André Magnabosco - Agência Estado

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