"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de maio de 2013

STF DEVE ANALISAR SE BARBOSA VAI CONTINUAR COMO RELATOR, DIZ LEWANDOWSKI

Cinco réus do mensalão pediram o afastamento do relator


O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira que o plenário da Corte deve analisar se o presidente Joaquim Barbosa continuará como o relator para análise dos recursos dos réus do processo do mensalão.

- Eu só vou me manifestar em plenário. É uma matéria que deverá ser discutida, provavelmente. Se foi alegada terá que ser examinada – disse o ministro, evitando polemizar.

Pediram o afastamento de Barbosa da relatoria do julgamento dos recursos cinco réus: o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), o deputado Pedro Henry (PP-MT), o ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado e Ramon Hollerbach, sócio de Marcos Valério, um dos operadores do mensalão. A principal alegação é que Barbosa não poderia permanecer a frente do processo porque ocupa a presidência do STF.

Lewandowski explicou que Barbosa terá que definir se os recursos apresentados pelos 25 condenados serão analisados em conjunto ou de forma isolada. Também irá avaliar se ter pertinência, se tem caráter infringente ou se é o caso de ouvir o Ministério Público.

- Tecnicamente é possível julgar separadamente, não há nenhuma razão técnica que obrigue a julgar todos os embargos de uma vez só – afirmou.

Hoje venceu o prazo para a apresentação dos embargos de declaração, um tipo de recurso usado para esclarecer omissão, contradição ou obscuridade no julgamento.

03 de maio de 2013
ANDRÉ DE SOUZA - O Globo

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