Briga por fronteira
Conflito prolongado entre soldados chineses e indianos em uma região disputada de Ladakh reflete um problema profundo
Até agora a questão se refere a algumas barracas militares, um punhado de soldados com frio e uma desavença a respeito de uma fronteira remota nos Himalaias que jamais foi demarcada. No entanto, um conflito prolongado entre soldados chineses e indianos em uma região disputada de Ladakh reflete um problema profundo: este já é o conflito mais sério entre os colossos asiáticos desde a década de 80.
A Índia acusa seu vizinho a nordeste de despachar tropas para uma localização a 19 quilômetros da Linha de Controle Real (LCR), na região de Despang em Ladakh, parte do estado Jammu e Caxemira que fica imprensada entre o Tibete e o vale da Caxemira. Eles estariam lá há duas semanas. Agora um pequeno grupo de soldados indianos estabeleceu um acampamento em frente ao dos chineses. Embora não haja sinal de intensificação –- e parece haver poucas perspectivas de que isso venha a acontecer –- nenhum dos dois lados encontrou uma maneira de dissolver a tensão.
Esse conflito está ocorrendo em uma área que, apesar de não ser povoada, tem grande importância simbólica. Cerca de 4.000 km da fronteira entre a Índia e a China permanecem intocadas, de modo que testes realizados em qualquer lugar de sua extensão são imensamente significantes. Especula-se que a área seja rica em urânio. Do ponto de vista chinês, a área também é próxima à Região Autônoma do Tibete, e portanto é significante para o governo em Beijing, que está em processo de conquistar o controle político e militar total de uma área problemática de seu território soberano.
Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá
03 de maio de 2013
A Índia acusa seu vizinho a nordeste de despachar tropas para uma localização a 19 quilômetros da Linha de Controle Real (LCR), na região de Despang em Ladakh, parte do estado Jammu e Caxemira que fica imprensada entre o Tibete e o vale da Caxemira. Eles estariam lá há duas semanas. Agora um pequeno grupo de soldados indianos estabeleceu um acampamento em frente ao dos chineses. Embora não haja sinal de intensificação –- e parece haver poucas perspectivas de que isso venha a acontecer –- nenhum dos dois lados encontrou uma maneira de dissolver a tensão.
Esse conflito está ocorrendo em uma área que, apesar de não ser povoada, tem grande importância simbólica. Cerca de 4.000 km da fronteira entre a Índia e a China permanecem intocadas, de modo que testes realizados em qualquer lugar de sua extensão são imensamente significantes. Especula-se que a área seja rica em urânio. Do ponto de vista chinês, a área também é próxima à Região Autônoma do Tibete, e portanto é significante para o governo em Beijing, que está em processo de conquistar o controle político e militar total de uma área problemática de seu território soberano.
Texto adaptado e traduzido da Economist por Eduardo Sá
03 de maio de 2013
Fontes:The Economist-High stakes
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