- Obama se encontra com presidente chinês e evita temas polêmicos
Palm Springs — Após dois dias de conversas em um rancho na Califórnia, os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, afirmaram estarem dispostos a construir um “novo modelo” de relação bilateral.
Os dois líderes disseram querer incrementar a cooperação entre os seus países, que passou por altos e baixos nos últimos 40 anos. Ainda no primeiro dia do encontro, Xi disse à imprensa que ele e Obama chegaram a um “consenso sobre as questões tratadas”.
Já Obama foi mais cauteloso, afirmando que ainda havia muito a ser feito e que novas discussões seriam necessárias. Embora a ciberespionagem tenha sido debatida na reunião, o presidente dos EUA também evitou novas declarações sobre o escândalo do monitoramento de informações privadas no país em nome da segurança interna.
O encontro dos dois presidentes, que aconteceu entre sexta e sábado, não foi visto como um fórum formal entre os dois países. Ao contrário, assessores dos líderes afirmaram que o encontro entre Obama e Xi foi uma reunião informal com o objetivo de criar uma relação mais confortável entre os dois e, a partir daí, conseguir resultados concretos nas negociações entre Estados Unidos e China.
Obama e Xi discutiram mudanças climáticas, questões comerciais e de direitos humanos, mas detalhes das conversas não foram revelados. Os dois presidentes também concordaram em melhorar os laços militares entre os seus países, obstruídos no passado pela desconfiança mútua e por falhas de comunicação:
- Temos maiores chances de chegar aos nossos objetivos de prosperidade e segurança para os nossos povos se trabalharmos em cooperação, e não em conflito - disse Obama à imprensa ainda na sexta-feira.
Obama também afirmou que Estados Unidos e China precisam encontrar um equilíbrio entre competição e cooperação para vencer os desafios que os separam. Já Xi pediu que a relação bilateral levasse em consideração a ascensão da China, refletindo o desejo de que seu país seja visto pelos Estados Unidos como um parceiro igual nas questões econômicas e diplomáticas.
- Acho que esse talvez seja o encontro mais importante que eles terão em seus mandatos - disse Paul Haenle, diretor do Centro Carnegie-Tsinghua para Política Global em Pequim. - O maior problema na relação entre os Estados Unidos e a China é que, até agora, ainda não havia acontecido um envolvimento pessoal profundo do mais alto escalão. Isso é necessário para se seguir adiante e levar a relação a um novo patamar.
Coreia e espionagem na pauta
Mas as duas questões que parecem ter dominado o debate entre o Obama e Xi foram a Coreia do Norte e a ciberespionagem. Maior aliado dos norte-coreanos, a China parece hesitar em defender o parceiro após as repetidas provocações e ameaças fritas pelo regime de Pyongyang. Já Obama pretende aproveitar o esfriamento nessa relação e fazer os chineses entenderem que a estabilidade na Península Coreana será boa também para a China.
A ciberespionagem se tornou uma questão delicada entre os Estados Unidos e a China depois que os americanos acusaram militares e empresas chinesas de invadirem sistemas de computador no país. Mas, seguindo a atmosfera informal do encontro, nenhum dos dois líderes optou pelo tom acusatório. Questionado sobre o assunto, Xi foi evasivo, afirmando que tem percebido um aumento da cobertura da mídia sobre segurança no ciberespaço:
- Isso pode fazer as pessoas pensarem que a segurança no ciberespaço é o maior problema na relação entre China e Estados Unidos.
Obama também optou pela conciliação, lembrando que essa é uma questão de interesse para todos os países. “Esse é um assunto de interesse internacional. Há outros atores, além dos dois Estados, envolvidos.”
Os dois líderes disseram querer incrementar a cooperação entre os seus países, que passou por altos e baixos nos últimos 40 anos. Ainda no primeiro dia do encontro, Xi disse à imprensa que ele e Obama chegaram a um “consenso sobre as questões tratadas”.
Já Obama foi mais cauteloso, afirmando que ainda havia muito a ser feito e que novas discussões seriam necessárias. Embora a ciberespionagem tenha sido debatida na reunião, o presidente dos EUA também evitou novas declarações sobre o escândalo do monitoramento de informações privadas no país em nome da segurança interna.
O encontro dos dois presidentes, que aconteceu entre sexta e sábado, não foi visto como um fórum formal entre os dois países. Ao contrário, assessores dos líderes afirmaram que o encontro entre Obama e Xi foi uma reunião informal com o objetivo de criar uma relação mais confortável entre os dois e, a partir daí, conseguir resultados concretos nas negociações entre Estados Unidos e China.
Obama e Xi discutiram mudanças climáticas, questões comerciais e de direitos humanos, mas detalhes das conversas não foram revelados. Os dois presidentes também concordaram em melhorar os laços militares entre os seus países, obstruídos no passado pela desconfiança mútua e por falhas de comunicação:
- Temos maiores chances de chegar aos nossos objetivos de prosperidade e segurança para os nossos povos se trabalharmos em cooperação, e não em conflito - disse Obama à imprensa ainda na sexta-feira.
Obama também afirmou que Estados Unidos e China precisam encontrar um equilíbrio entre competição e cooperação para vencer os desafios que os separam. Já Xi pediu que a relação bilateral levasse em consideração a ascensão da China, refletindo o desejo de que seu país seja visto pelos Estados Unidos como um parceiro igual nas questões econômicas e diplomáticas.
- Acho que esse talvez seja o encontro mais importante que eles terão em seus mandatos - disse Paul Haenle, diretor do Centro Carnegie-Tsinghua para Política Global em Pequim. - O maior problema na relação entre os Estados Unidos e a China é que, até agora, ainda não havia acontecido um envolvimento pessoal profundo do mais alto escalão. Isso é necessário para se seguir adiante e levar a relação a um novo patamar.
Coreia e espionagem na pauta
Mas as duas questões que parecem ter dominado o debate entre o Obama e Xi foram a Coreia do Norte e a ciberespionagem. Maior aliado dos norte-coreanos, a China parece hesitar em defender o parceiro após as repetidas provocações e ameaças fritas pelo regime de Pyongyang. Já Obama pretende aproveitar o esfriamento nessa relação e fazer os chineses entenderem que a estabilidade na Península Coreana será boa também para a China.
A ciberespionagem se tornou uma questão delicada entre os Estados Unidos e a China depois que os americanos acusaram militares e empresas chinesas de invadirem sistemas de computador no país. Mas, seguindo a atmosfera informal do encontro, nenhum dos dois líderes optou pelo tom acusatório. Questionado sobre o assunto, Xi foi evasivo, afirmando que tem percebido um aumento da cobertura da mídia sobre segurança no ciberespaço:
- Isso pode fazer as pessoas pensarem que a segurança no ciberespaço é o maior problema na relação entre China e Estados Unidos.
Obama também optou pela conciliação, lembrando que essa é uma questão de interesse para todos os países. “Esse é um assunto de interesse internacional. Há outros atores, além dos dois Estados, envolvidos.”
09 de junho de 2013
O Globo
Com agências internacionais
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