Dona Dilma é caso perdido. Quanto mais se agita mais nos afunda.
O iceberg contra o qual ela jogou o país foram as elétricas que ela quebrou, junto com seus milhões de acionistas pelo mundo afora, pra comprar votos e pontos no Ibope.
Foi aí que o mundo entendeu o que é que ela é.
Desde então passamos a fazer água feito gente grande. E cada nova isenção de imposto endereçada, cada nova demão de maquiagem nas contas, cada redução de tarifa sob a pressão da “voz rouca das ruas” mais o navio aderna e mais investidores estrangeiros saem correndo pra terra firme.
Agora com plebiscito na agulha então quem é que vai pagar pra ver no que isto vai dar?
Mas, mulher de ação que sempre foi – e sempre de ações erradas impostas “at gun point” e com muita pesporrência – não vai entender nunca que esse negócio de fazer e acontecer não é solução, é exatamente o problema.
Se a coisa envolve dinheiro então – e sempre envolve dinheiro – tudo fica muito pior. Governo não fabrica dinheiro, como lembrou bem o governador Alkmin quando entregou, cercado, o reajuste das passagens de ônibus.
Só muda o dinheiro alheio de bolsos, enfiando, a cada movimentação, um bom pedaço do que move no seu próprio.
E esse tipo de folga faz investidor correr mais que o diabo da cruz porque dinheiro, so político profissional é que não sabe, está cada vez mais difícil de ganhar.
De modo que podemos parar de sonhar com a reforma da infraestrutura. Se ninguém pega mesmo garantindo 15% ao ano de retorno durante 30 anos com eventuais prejuizos cobertos pela “viuva” num mundo de juros negativos, oferta que levaria à prisão como vendilhão da pátria quem quer que a fizesse fora do Brasil ou mesmo fora do PT, é porque a vaca já foi pro brejo e não vai mais desatolar de lá enquanto o Brasil não conseguir desatolar o PT de Brasília.
Agora, da relação do poder com o dinheiro, da força decisiva do suborno na pátria do lenocínio político em que ele nos transformou, o PT entende melhor que ninguém. O sindicalismo pelêgo nunca viveu de outra coisa. Eles são os mestres desse barro.
E se já ninguém duvida, o PT sabe melhor que nós todos que o povo que ele endividou vai chegar a outubro de 2014 com a barriga perigosamente vazia. E por isso tratou de inventar esse plebiscito que, na esteira da tentativa de criar barreiras para concorrentes feita recentemente pelos seus assalariados no Congresso, só tem um ponto de que o partido não abre mão: o tal do “financiamento público” de campanhas de que você nunca ouviu nenhuma “voz rouca das ruas” falar.
Isto é, dar ao PT, que controla a boca do cofre, o monopólio do suborno na política. O resto, por enquanto, é tudo glacê para encobrir esse caroço que ele quer que a gente engula.
E eu digo “por enquanto” porque, sentindo que dá, eles enfiam mais…
Você grita ”Pega ladrão!“, ”Chega de impunidade!“, “O ônibus tá caro!“, “Cura gay é a mãe!“, “Mais educação e menos putaria!“, “Viva o Corinthians!” ou simplesmente “Atchim!“, e dona Dilma continua respondendo impávida, monocórdica, feito disco quebrado: “Financiamento público de campanha pra já!“, “Financiamento público de campanha pra já!”, “Financiam…”.
Pois é. A definição de arrogância é essa mesmo. O arrogante acredita que todo mundo é imbecil, menos ele, tanto quanto o corrupto fundamental acredita que tudo mais pode se tornar tão podre quanto ele, é só dar um empurrãozinho.
08 de julho de 2013
vespeiro
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