23 de janeiro de 2012
Carlos Newton
Sexta potência no ranking da economia mundial, o Brasil ainda tem de mudar muito até ser considerado um país em que realmente exista justiça social. Aqui, a miséria absoluta continua convivendo com a riqueza total, basta verificar as estatísticas;
O Brasil é o segundo país com maior desigualdade do G20, de acordo com um estudo realizado nos países que compõem o grupo. De acordo com a pesquisa realizada pela Oxfam (entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países), apenas a África do Sul fica atrás do Brasil em termos de desigualdade, neste grupo dos principais países do mundo.
Em meio a esse quadro, Brasília, chamada de capital da esperança, continua mais parecida com a ilha da fantasia. Suas estatísticas são altamente negativas e mostram que a capital federal tornou-se a cidade com maior desigualdade social do Brasil.
No caso da pesquisa da Oxfam, referente aos países do G 20, como base de comparação o levantamento também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo acima.
A pesquisa demonstra que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados. Já as nações com maior igualdade, segundo a Oxfam, são economias desenvolvidas com uma renda maior, como França (país com melhor resultado geral), Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
No caso da desigualdade social em Brasília, a pesquisa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do próprio governo federa. Os dados comprovam que o Distrito Federal é a unidade da federação com maior renda e uma das regiões com maior escolaridade do país. Ao contrário do que acontece na maioria dos estados, a pobreza extrema no Distrito Federal cresceu e a desigualdade também.
Outro indicador que chamou a atenção dos pesquisadores do Ipea foi a taxa de homicídios masculina, que reflete o número de mortes por 100 mil habitantes. Enquanto no Brasil esse índice é de 94,3, no DF a taxa é de 120,9.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, comentou os dados durante uma entrevista coletiva. “O maior desafio do Distrito Federal é superar a pobreza extrema, para fazer com que a desigualdade social diminua”, explicou Castro, denunciando a triste realidade da ilha da fantasia.
23 de janeiro de 2012
Carlos Newton
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
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