Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
HADDAD TEM SARNEY COMO CABO ELEITORAL! VALHA-ME DEUS!!!
Já em campanha eleitoral, escoltado por Dilma e Sarney, Fernando Haddad diz que “Enem apanha todo dia”
O já ex-ministro da Educação Fernando Haddad confunde a sua própria incompetência com críticas a um exame que tem raiz meritória, sim — até porque não foi criado por ele —, mas que é mal executado.
Leiam o que informa o Portal G1. Volto em seguida.
Por Priscilla Mendes
O ministro da Educação, Fernando Haddad (esq.), ao lado da presidente Dilma e do presidente do Senado, José Sarney, na cerimônia de 1 milhão de bolsas do Prouniouni (Foto: Roberto Stuckert / Presidência)O ministro da Educação, Fernando Haddad (esq.), O ministro da Educação, Fernando Haddad, comparou nesta segunda (23) o início do Prouni (Programa Universidade para Todos) ao Enem (Exame Nacional de Cursos de Ensino Médio). “Guardadas as devidas proporções, [o Prouni] era que nem o Enem hoje. Apanha todo santo dia”, afirmou Haddad.
O Enem apresentou problemas nas três últimas edições do exame, desde quando passou a ser usado como forma de acesso às instituições públicas de ensino superior - em 2009, houve furto de provas da gráfica; em 2010, problemas com a impressão dos cadernos de provas; e, em 2011, vazamento de questões em uma apostila distribuída a estudantes de um colégio em Fortaleza.
Ao lado da presidente Dilma Rousseff e com vários ministros na plateia, Haddad participou da cerimônia comemorativa de 1 milhão de bolsas do ProUni. A solenidade foi a última de Haddad na condição de ministro. Nesta terça (24), toma posse na pasta Aloizio Mercadante, atual ministro da Ciência e Tecnologia. Fernando Haddad deixa o governo para disputar a Prefeitura de São Paulo, como candidato do PT, na eleição municipal deste ano.
Em seu discurso, Haddad rememorou o início do Prouni, lançado pelo antecessor Tarso Genro, do qual era secretário-executivo. Disse que, no princípio, o programa foi entendido como “estatizante”. “Tudo é muito difícil de realizar e colocar de pé. Mas os anos vão passando, os programas vão se consolidando e nós vamos mostrando os resultados para o país”, declarou.
Despedida
Fernando Haddad disse que não chegou ao ministério “nas condições mais favoráveis”, mas que o trabalho de sua equipe conseguiu reverter “um ciclo perverso de queda na qualidade da educação”.
“Estou me despedindo do MEC. Acho que minha equipe fez um trabalho importante, deixou um legado importante na área da educação profissional, na área da educação básica. Revertemos um ciclo perverso de queda na qualidade da educação no país”, declarou.
Haddad afirmou que, durante a reunião setorizada sobre educação convocada por Dilma na semana passada, ele e o futuro ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apresentaram um programa de educação no campo “cujas diretrizes ela [Dilma] aprovou e que provavelmente o ministro Mercadante vai apresentar nas próximas semanas”.
(…)
Comento
Está na cara que a campanha de Fernando Haddad será fundada na mistificação petista de sempre: “Nunca antes na história destepaiz…”
Ele diz ter chegado ao ministério numa situação difícil. Uma ova!
Difícil era a de Paulo Renato, que chegou lá com quase 20% dos alunos em idade escolar fora do ensino fundamental; quando saiu, 97% estavam na escola. Situação difícil foi a de Paulo Renato, que assumiu o ministério com 33% dos alunos fora do ensino médio; quando saiu, eram 18%. Situação difícil era a de Paulo Renato, que não dispunha de instrumentos de avaliação do ensino fundamental, médio e universitário. Teve de criá-los. Situação difícil era a de Paulo Renato, que não dispunha de um fundo específico para a área e teve de criar o Fundef, ENFRENTANDO A OPOSIÇÃO DO PT.
Vem muita mistificação, a exemplo dessa história de que o Enem está sendo atacado todo dia… O Enem, não, candidato Haddad! O que está sob crítica é a sua incompetência, meu senhor!
Quanto ao ProUni, ai, ai… Esse troço vai continuar por muito tempo. É o maior mecanismo de transferência de recursos públicos para o setor privado de que se tem notícia. Sei que praticamente não há críticos do modelo.
Fazer o quê? Eu sou! Faculdades de péssima qualidade estão sendo alimentadas por dinheiro público e fornecendo diplomas a quem jamais vai exercer a profissão. É desperdício de dinheiro. Empregados esses recursos em ensino técnico, com um acompanhamento severo da qualidade — ainda que em convênio com o setor privado —, os brasileiros e o Brasil estariam mais bem servidos. E por que não é assim?
Porque, acreditem!, para que uma instituição privada ou pública possa oferecer um ensino técnico decente, precisa investir muito mais recursos do que investe em “ensino universitário” na base do cuspe e giz.
Para começo de conversa, não pode formar salas de 100, 120 estudantes. É preciso investir em equipamentos e oferecer mais assistência ao aluno. Oferecer um curso qualquer “de humanas” a quem não vai atuar na área é coisa simples e barata. As instituições privadas de ensino oferecem suas vagas ociosas ao governo e podem cuidar dos cursos que realmente são de seu interesse.
PS - Quando escrevo “um curso qualquer de humanas”, não estou tratando a área com menoscabo, como querem uns bobos. Ao contrário: eu estou é defendendo que elas sejam tratadas com respeito. Ah, sim: vejam lá o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), atento a tudo, sempre endossando os “progressistas”…
Reinaldo Azevedo
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