"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O SAMBA LELÊ NO BLOCO DOS "NÓS VAI"


Josias de Souza comentou sobre um acordo anti-PTista que está sendo elaborado em dez cidades na Bahia.
Nessa articulação voltada ao interesse de chegar à próxima eleição, está o DEM e o PSDB, mais o direitista PMDB, que, no governo é grande aliado do esquerdóide PT, ao menos em parte.


Do samba lelê participam também o PSDB, o PR, o PTN... e, logicamente, qualquer um que se interesse futuramente em entrar para o bloco do nós vai.

E aí já começa a confusão "carnavalesca": ACM Neto seria o nome mais cogitado pelo bloco para disputar a prefeitura da capital, porém o 'aliado' Geddel ambiciona a mesma cadeira.

"Em política, acordos com prazo de validade de 2 anos
são convites à traição."


Para quem tiver paciência de ler sobre "costura", o artigo completo, está em PMDB sela acordo anti-PT em 10 cidades na BA.
Tum, tum, scatum, pum, pum.

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PMDB sela acordo anti-PT em 10 cidades na BA
Josias de Souza
11.01.2012
Progrediu, e muito, a articulação para que PMDB, DEM e PSDB cheguem à eleição de outubro como uma brigada anti-PT na Bahia. O acerto foi pavimentado nas dez maiores cidades baianas. E encontra-se em bom estágio na capital, Salvador.

Comandam a infantaria oposicionista o PMDB de Geddel Vieira Lima, vice-presidente da Caixa, e o DEM do deputado ACM Neto. A dupla Estreita a inimizade movida pelo propósito comum de enfrentar o PT do governador Jaques Wagner.

Participam também do acerto o PSDB, legendas de porte médio como o PR e agremiações miúdas como o PTN. Nos municípios em que houve acerto, vão à cabeça de chapa os candidatos mais bem postos nas pesquisas, independentemente da legenda.

A lista de cidades inclui algumas jóias municipais da coroa baiana. Entre elas Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Alagoinhas. Estima-se para março o desfecho do entendimento de Salvador. A coisa esbarrou em 2014.

Tomado pelas pesquisas, ACM Neto seria o nome mais bem posto do grupo para disputar a prefeitura da capital. Ele prefere, porém, resguardar-se para a futura briga pela poltrona de governador do Estado. O diabo é que Geddel ambiciona a mesma cadeira.

Tenta-se costurar o seguinte entendimento: o DEM retira-se de 2012 e apóia o candidato do PMDB à prefeitura de Salvador: Mário Kertész. Em 2014, encabeçaria a chapa quem exibisse o melhor índice de pesquisa: ACM Neto ou Geddel.

Em política, acordos com prazo de validade de 2 anos são convites à traição. Mas essa é outra história. No momento, ‘demos’ e pemedebês concentram-se na equipagem de um paiol capaz de responder à artilharia do PT na Bahia.

Há, de resto, um complicador adicional. O tucano Antonio Imbassahy também cultiva o projeto de retornar à prefeitura de Salvador. Está em segundo nas pesquisas. Porém, o mais provável é que se renda ao entendimento que o exclui.

Por quê? Unido apenas ao DEM, o PSDB não iria longe. Sozinho, não chegaria a lugar nenhum. Afora os entraves políticos, Imbassahy arrosta uma dificuldade monetária. É baixa, baixíssima sua capacidade de atrair doadores para uma cruzada solitária.

Enquanto a oposição tenta se ajeitar em cena, o PT já levou ao palco seu candidato a prefeito de Salvador. Será o deputado federal Nelson Pelegrino. Escora-se no apoio de Wagner e na perspectiva do suporte de Dilma Rousseff e Lula.

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