"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 14 de janeiro de 2012

ZÉ PEDÁGIO, FRACOS, DILMA E O ROUBO SUPREMO

Pois é caros amigos militantes petistas. Durante toda a campanha presidencial (que culminou com a eleição desastrosa de Dilma) vocês criticaram enormemente o realmente fraco candidato do PSDB – José Serra – pelo fato dele ter privatizado estradas em São Paulo e, por conseguinte, ter pedagiado todas elas.

O “amor” petista foi tanto que lhe deram até um apelido bonitinho: “Zé Pedágio”.

Não que vocês estivessem errados. Pedágio é mesmo um “troço” chato. Afinal, pagamos altíssimos impostos para que o governo mantenha as estradas em bom estado e tanto o governo petista – quanto qualquer outro antes dele – adora roubar nosso dinheirinho suado e simplesmente não fazer nada para garantir a mínima conservação em nossas estradas.

Pois é. Mas, agora, o governo petista de Dilma mostrou que “Zé Pedágio” é para os fracos. Como tudo na administração petista, o roubo agora é muito maior e muito pior. Se o “Zé Pedágio” implantou pedágios a “torto e a direito” para cobrar por estradas “lisinhas”, serviços de assistência a acidentados e reboque para quem enguiça; Dilma, mostrando sensacional senso de “timing” ao aproveitar a “distração” do país assolado por mais um ano de desastres naturais (que sua equipe optou por ignorar); sancionou a “Lei de Mobilidade Urbana”.

Como tudo que cerca os petistas, o nome bonito sugere benefícios para o povo. Mas, a verdade por trás desta lei é simplesmente terrível. A “Lei de Mobilidade Urbana” trás, embutida em seu texto, um monstro perverso e insaciável que vai roubar ainda mais rapidamente (e vorazmente) o nosso suado dinheirinho.

O nome desse monstro, parafraseando nossos amigos militantes petistas, é o “DIL PEDÁGIO”.

Isso mesmo; o “Dil Pedágio” é voraz, perverso e sedento de sangue (leia-se dinheiro). A “Lei de Mobilidade Urbana” autoriza que prefeituras instalem pedágios em quaisquer áreas urbanas e cobrem o quanto quiserem pela circulação de veículos nessa determinada área. Isso sem uma única exigência de entregar ruas adequadamente cuidadas ou livres de enchentes. Pelo texto da lei, a receita gerada pelo pedágio ou “outra forma de tributação” deve ser destinada ao “transporte coletivo”, como a concessão de subsídio público à tarifa. O “uso de bicicletas” também precisa ser estimulado.

Tudo muito bom e tudo muito bem. O texto da lei é até “legal” (sic). Contudo, como todo tipo de lei semelhante já criada em nosso país (criação de impostos para financiar algo) o destino da arrecadação dos pedágios será mesmo os bolsos de empreiteiros, empresários amigos do poder e os próprios políticos. Teremos mais um tributo, sem qualquer contrapartida exigida, ou seremos proibidos de utilizar carros ou determinados meios de transporte (de acordo com o humor do prefeito da ocasião) sem qualquer chance de reclamar.

O “Dil Pedágio” , como você pode ver, é muito mais cruel e muito mais voraz. Afinal, aproveitou um momento crucial em que a imprensa e a opinião pública estão voltadas para o socorro das vítimas da própria incompetência petista e, na calada da noite, atira sobre nós mais um imposto sem a exigência de qualquer benefício dado ao cidadão em reciprocidade. Isso, sem falar na expectativa de dupla ou mesmo tripla tributação (ou você acha que a CIDE, o IPVA e outros impostos com a mesma finalidade vão ser encerrados?).

A “pergunta que não quer calar” ou as perguntas que devem ser feitas agora são:

Onde estão os petistas irados e incansáveis que lutaram tanto contra o “Zé Pedágio”?

Onde estão as passeatas, os protestos, as carreatas, os gritos de indignação, os xingamentos e as “bolinhas de papel”?

Onde estão os “combatentes da liberdade” para impedir esse absurdo em um país com a mais alta carga de impostos do mundo?

Onde estão os “Blogueiro Progressistas” com seus textos ácidos e ferinos?

Onde está a UNE com sua “combatividade”?

Onde estão os sindicatos com seus protestos veementes?

Certamente estarão abafados e sufocados com verbas públicas e trazendo, bem no fundo do peito, coberto por aquela camiseta vermelha com a imagem do “Che” um grito amargurado e reprimido pela vergonha não declarada ou mesmo pela esperança de arrumar uma boquinha na roubalheira desenfreada que se instalou em nosso país.

E o povo?

Ora… O povo que seja entregue em sacrifício ao novo monstro insaciável petista: o “DIL PEDÁGIO”.

E você, o que pensa disso?

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