Por paradoxal que possa parecer, os dois lados, credores e devedores, estão certos e os dois lados estão errados. Os banqueiros estão certos em cobrar porque emprestaram. Desde o início da dinastia Rothschild, eles sabem que os melhores clientes são os Estados, que não podem quebrar. Então emprestam.
Lendo em Gustavo Barroso quando da renegociação da dívida de Portugal com seu credor da época, Banco Rothschild, e que em troca da independência do Brasil assumimos a dívida deles, o banqueiro corrompeu os negociadores brasileiros e praticamente dobrou o que Portugal devia e que passamos a dever.
Se os negociadores brasileiros, autorizados pelo governo de então, aceitaram o valor e assumiram o compromisso, então o banqueiro está certo em cobrar. Por outro lado, nós estamos no direito de espernear. O que se passa na atualidade, não é muito diferente que naquela época. Veja o caso da Islândia. Quem assinou pelo país foi colocado contra a parede para assinar ? Não! Assinou porque tinha poderes para assinar e quebrou o país. Culpa só dos banqueiros ?
É isso que dá viver no cheque especial. Sabedores que são dos métodos dos banqueiros, por que os governantes vão lá e aceitam essas empulhações? Para depois vir a público e culpá-los pelas desgraças dos trabalhadores? A culpa pela desgraça dos trabalhadores também é dos governantes. Por isso disse acima que os dois lados estão certos e ao mesmo tempo errados.
Vejam, comecei com o ano de 1822. Mudou alguma coisa ? Nada. É sempre a mesma história. Pegam dinheiro fácil, depois não podem pagar, pois aceitaram o impagável. Aí jogam com o desconhecimento dos trabalhadores, que insuflados, partem para o quebra-quebra. Estão errados os trabalhadores? Também não, apenas usados e enganados pelos seus “governantes”.
A era Lula assumiu o Poder devendo 700 bilhões. Já está em 2,3 trilhões. Sem nenhuma dúvida, esta conta vai explodir, e facilmente vão jogar os trabalhadores contra os bancos. Mas estão financiando Bolívia, Venezuela (precisa, por quê?), Gabão, Cuba etc, sem nenhuma garantia de retorno, sem contar os empréstimos milionários para grandes “empresários” brasileiros, surgidos do nada, e que viraram capa de revista da noite para o dia.
É tudo dinheiro oriundo da emissão de títulos de dívida pública, vendidos aos bancos, repassados para os citados via BNDES e que um dia terão que ser pagos. Sentiu ? Vão tergiversar e apelar para os trouxas de sempre, nós, na hora de pagar o cheque especial que os manteve no fausto e neste crescimento via empréstimos.
O que venho defendendo e continuarei, é a mudança de modelo. Este está esgotado, falido, apodreceu. Chega. Só um novo contrato social, que nos tire deste liberalismo pela metade, bom só para um lado, e deste trabalhismo cafofo, que mantém os trabalhadores longe das decisões, enterrados na ignorância por falsos líderes, evitará no futuro a repetição do que acontece desde os primórdios desta dicotomia.
04 de fevereiro de 2012
Martim Berto Fuchs
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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