Segundo vários analistas não há substituto para Hugo Chávez. Graças ao seu carisma, à sua esperteza e a uma grande dose de impetuosidade, queiram ou não, ele transformou a América Latina.
Essas características, aliadas a uma discutível simpatia, o poder na Venezuela é personificado por ele, e isso leva a dificuldades na sucessão.
Como os rumores de sua morte iminente pipocam por todo canto, não há dentro do seu partido (PSUV) um sucessor à altura e a oposição desta vez está bem organizada, periga haver uma guinada de 180 graus no relacionamento de Caracas com Havana, o que provavelmente resultará em crise para Cuba.
Com o fim do apoio econômico venezuelano, volta a ameaça de um aumento do empobrecimento na ilha, como aconteceu antes, com o fim da URSS. Só que àquela época Fidel aida estava nos trinques, rebolou mais que charuto em boca de bêbado e conseguiu uma sobrevida até a ascenção de Chávez e o consequente auxílio básico.
Agora, com Raúl no poder, sem a capacidade e o carisma de Fidel, vai ser difícil segurar o pepino, porque Cuba não tem nada além de um turismo incipiente e as propriedades em que os cubanos vivem.
Resta saber o seguinte: já que Dilma demonstrou que não está nem aí para os direitos humanos em Cuba, mas, em compensação, está interessadíssima em construir portos e usinas hidrelétricas por lá, será que vai sobrar para nós, brasileiros, carregar um país nas costas?
16 de março de 2012
Por Ricardo Froes
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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