Enfim, Ricardo Teixeira saiu
Tostão
Ufa! Após 23 anos, um tempo absurdo, seja quem for, Ricardo Teixeira sai de cena. Nem leu a carta de despedida. Ele percebeu que a maioria da população não o queria, muito menos a presidente Dilma Rousseff. Foi embora, protegido por seus parceiros. José Maria Marin entrou e disse que tudo segue na mesma. Ainda não dá para comemorar. Continuam os processos na Justiça.
Antes da Copa de 2002, após a demissão de Leão, Ricardo Teixeira, por telefone, me convidou para ser o diretor-técnico da seleção brasileira. Disse que eu teria liberdade de escolher o treinador. Perguntei se havia alguém cotado. Ele falou que, nos bastidores da CBF, se falava muito em Levir Culpi. Perguntou o que eu achava. Disse que não o escolheria por ele ser um bom técnico para times modestos.
Recusei o convite e dei o motivo: não me sentiria bem em um cargo de confiança de uma entidade que eu criticava e pela qual não tinha nenhuma admiração. Senti, também, que seria usado, um escudo. Ricardo Teixeira fez isso várias vezes.
É preciso mudar a estrutura da CBF e a do futebol brasileiro. Não basta trocar nomes. Não existe salvador da pátria. A história nos mostra também que, em todo o mundo, muitos que assumem o poder costumam fazer as mesmas coisas que criticavam. Não é apenas o poder que corrompe. O ser humano, com frequência, é facilmente corrompido.
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LUCAS ESTÁ CONFUSO
Lucas está confuso. Como ele disse, não sabe se passa ou se dribla. Leão falou que ele está muito individualista e que joga de cabeça baixa. Só os craques atuam sem olhar para a bola. Isso não se aprende. Há exceções.
Repito, pela milésima vez, que Lucas joga de uma maneira errada. Pela direita, como tem atuado, pelo centro ou pela esquerda, Lucas, para aproveitar sua velocidade, habilidade, força física e forte chute, deveria ser mais atacante, receber a bola mais à frente, em direção ao gol, principalmente nos contra-ataques.
Lucas está muito mais para um furacão do que para um meia criativo. No São Paulo, ele tem atuado mais pela direita, como um meia, recuado e com a obrigação de marcar o lateral adversário. Fica muito distante do gol. Recebe a bola, para, pensa no que fazer e é desarmado.
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A CHANCE DE ADRIANO
Adriano só terá chance de jogar futebol em bom nível quando tratar, para valer, de seus problemas psíquicos e sociais com quem entende muito do assunto. Não adianta apenas dar conselhos nem tapinhas nas costas.
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PONTOS CEGOS
Já virou piada nacional os 6.000 pontos cegos no Independência, um estádio praticamente novo. Para ver o gol, só em pé. Pior, para compensar, falam em cobrar metade do preço do ingresso nesse setor. É preciso fazer algo, mesmo que seja para adiar a inauguração do estádio.
Apesar de Atlético e Cruzeiro não terem hoje ótimas equipes, um dos dois tem boas chances de ganhar a Copa do Brasil. É um torneio de jogos mata-mata, em que nem sempre ganha o melhor, e as melhores equipes brasileiras estão na Libertadores.
São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Botafogo e Coritiba são os outros candidatos a esse título. Às vezes, acontece uma zebra.
(Transcrito do jornal O Tempo)
16 de março de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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