Então, se não fosse a equipe de jornalismo fantástico da Rede Globo, o governo continuava bobo. Agora já sabe como é que funciona a Máfia da Propina em licitações mandadas aviar pelo Ministério da Saúde.
Faz de conta que daqui pra frente tudo vai ser diferente. Que desmascarados e capturados os malfeitores de licitações malfeitas envolvendo hospitais de universidades federais, o governo aprendeu a ser gente.
Até parece que isso não é o "jeito PT de governar" implantado ao longo dos oito anos luláticos e espalhado que nem cobra pelo chão do País nesses 14 meses de domínio dilmático.
Licitação é praga que contamina o Brasil desde os tempos em que ainda não fora instalada a República dos Calamares. O organismo público brasileiro está contaminado pela vírus da licitação, sofre da Síndrome do Toma lá-dá cá.
A "estratégia de coalizão pela governabilidade" instituída por Luiz Erário Lula da Silva apenas aprimorou a técnica do balcão de negócios. Tudo é - nos poderes constituídos e nas forças-vivas instituídas - só uma questão de preço. E de moeda.
Qual é mesmo a diferença entre os 20% de propina para um "gestor de compras" do governo e uma empreiteira, prestadora de serviços, ou um consultor que pode até, quem sabe, entregar caças franceses em troca e - diga por favor a diferença - uma centena de cargos e dezenas de ministérios de quebra para um PMDB, um PR, um PCdoB ou PSB integrar a "base aliada"?!?
No primeiro golpe, a propina é paga em dinheiro sonante que pode responder em qualquer idioma; na segunda empulhação, a moeda de troca sai das entranhas do organismo estatal. A diferença, a Globo e o povo que não é bobo já sabem: a propina das licitações é feita às escondidas; já a gandaia da compra e venda de alianças é feita desavergonhadamente, em dinheiro vivo, ministérios, cargos e bens da coisa ública, ao mais amplo e pleno sol da liberdade. Essa pandilha de sevandijas já não sabe e nem precisa fazer nada diferente. É o seu jeito de governar.
RODAPÉ
Tudo que tem vindo à tona nesse mar de lama que afoga a nação emerge pelo faro da mídia que nada de braçada nas águas nem sempre límpidas de suas próprias linhas editoriais. O Parlamento, as autoridades, o Executivo, o Judiciário só mergulham no problema de carona. Dão entrevistas, esbravejam e ameaçam convocar CPIs e iniciar ações de fato e de direito depois dos jornais, revistas e programas de domingo. Com o dinheiro, o poder, a obrigação funcional, as centenas de assessores que têm a sua disposição, já deveriam estar investigando há muito tempo cada porta de rua, cada saída de fundos, cada garagem e cada porão da Esplanada dos Ministérios, maior lixeira a céu aberto do Brasil. Não é nem sequer uma questão de vontade política; trata-se de uma simples questão de vontade. Pura e simples. Certamente pura demais; simples demais.
19/03/2012
sanatório da notícia
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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