O politiquês das quengas de Brasília
está traduzido em letra ""azul, azul cor de anil""
PONTE QUE OS PARTIU!
‘Alcance da CPI põe PT em colisão com PMDB’ - PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA - CHRISTIANE SAMARCO E EUGÊNIA LOPES
Um dia depois de anunciar a criação de uma (MAIS UMA!) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ligações políticas do contraventor Carlinhos Cachoeira, o Congresso e o Palácio do Planalto tomaram um susto com o alcance das investigações, que ameaçam expoentes do governo, a oposição, dentro e fora do Executivo, em Brasília e nos Estados, e pode atingir uma forte doadora de campanha do PMDB e com negócios em vários Estados: a Delta Construções. Pensaram em fazer marola, deram de cara com um tsunami e nem lembraram que seria necessário levar ao menos uma bóia.
Com isso, PMDB e PT entraram em rota de colisão. Apesar do clima de arrependimento, no entanto, já não havia espaço para brecar a CPI. “Agora não dá mais para segurar. Avançamos demais, e não tem retorno”, avisou o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), a petistas que ensaiavam um recuo ontem.
“Eu avisei… Esses caras são irresponsáveis”, desabafou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que na véspera recebera em seu gabinete o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para propor a criação de uma CPI mista das duas Casas do Congresso. Para nós, ser irresponsável é fazer as tramóias que os políticos fazem. Mas, para José Ribamar (Sarney) ser desonesto não é problema, ser irresponsável é facilitar a descoberta de suas patifarias.
“Estamos numa enrascada que não tem fim”, queixou-se ontem um dirigente do PT, defendendo a tese de que é preciso dar um jeito de “melar” a CPI. Precisamos acabar com essa CPI, senão ficará mais difícil explicar tanta sacanagem.
O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse que a única alternativa para reduzir o estrago, a esta altura, é limitar o objeto da CPI ao senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e à arapongagem. Vamos voltar o tiroteio em direção ao ___óstenes, para livrar nossa cara (de pau). Enquanto os petistas reclamavam da falta de articulação do Planalto, que deixou a CPI correr frouxa, aliados diziam que só voltam atrás se houver um pedido público da presidente Dilma Rousseff. Ou seja, o governo serve, mesmo, é para encobrir a libertinagem nacional .
“Ninguém queria ficar com o ônus da recusa (a imagem de decência é obrigação) e a ideia da CPI acabou vingando no jogo do deixa que eu deixo”, diz o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB). “O governo não acreditava que topássemos e nós não achávamos que ele levaria isso adiante.” Pois é... eles toparam, o governo levou adiante e agora quem se fingia de bom moço vai mostrar que não passa de um meliante da pior espécie.
Quando a CPI começou a ser discutida, os alvos eram o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o senador Demóstenes ─ em grande parte porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma espécie de “vingança política” contra Perillo.
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Mas, afinal, porque tanto nervoso?
Será que eles acreditam, mesmo, em CPI?
13 de abril de 2012
casa da mãe joana
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