Leitores mais jovens provavelmente não viram, e até talvez desconheçam, um filme de 1959, dirigido por Jack Arnold, O Rato que Ruge, com Peter Sellers e Jean Seberg, uma comédia baseada no livro homônimo do escritor irlandês Leonard Wibberley. No fundo uma sátira ao plano Marshall. Colho uma sinopse na rede.
A economia do Grão-Ducado de Fenwick, país fictício da Europa, fronteiriço à França e Suíça, está em bancarrota. O vinho, seu único produto de exportação, sofre a concorrência de um produto similar mais barato criado nos Estados Unidos da América, seus antigos importadores. Então a governante do país, a Duquesa Gloriana XII, é convencida pelo primeiro-ministro "Bobo" Mountjoy a declarar guerra aos americanos, com o único propósito de perder e depois conseguir financiamento para a "reconstrução".
Só tem um problema: Fenwick acaba ganhando a guerra. Uma força de ataque, munida de arcos e flechas, invade Nova York. A invasão é ignorada pelas autoridades americanas, pois a declaração de guerra de Fenwick se extraviara no meio da papelada diplomática. Ocorre que em Nova York todos estão ocultos sob abrigos subterrâneos por causa do teste de uma nova bomba, a bomba Q. Sem ninguém para combater, os 22 arqueiros vagueiam pelas ruas e por mero acaso encontram o cientista responsável pelo desenvolvimento da bomba e sua filha, sequestrando-os e levando-os com a bomba Q para Fenwick.
O grão-ducado acaba vencendo a guerra. Ao saber que a bomba, capaz de destruir todo um continente, estava em poder do diminuto e quase desconhecido país, as autoridades americanas vêem que não lhes resta alternativa a não ser render-se a Fenwick. Que acaba impondo aos Estados Unidos algumas sanções, como o pagamento de um milhão de dólares e a retomada do mercado americano para seu vinho, além do completo armistício mundial.
Qualquer semelhança com a época contemporânea não é mera coincidência. Se algum ceguinho quer, ainda hoje, uma prova definitiva do fracasso do comunismo, basta observar as duas Coréias, a do Norte e a do Sul. Mesmo povo, mesma cultura, a do Norte optou pelo comunismo, constituindo até hoje, junto com Cuba, uma das últimas ditaduras stalinistas do planeta, onde apenas 20 mil habitantes podem usar telefone celular.
Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, é o único país do mundo onde o acesso a Internet é inteiramente proibido, sendo somente autorizados alguns participantes da elite do governo norte-coreano. O que torna o país um dos mais isolados do mundo, em matéria de informação. Uma rede interna de computadores, a Kwangmyong, está disponível à população norte-coreana que não possui privilégios de acessar a Internet. Mantida pelo governo, a rede não possui nenhuma ligação direta e indiretamente com a rede mundial, evitando assim o contato da população a fontes externas de informação. TV a cabo também não existe.
É o país mais fechado do mundo. Segundo a Veja, o governo ditatorial divide a população em três: entre 20% e 30% são leais; aproximadamente 60% são considerados neutros, e entre 10% e 20% são tidos como reacionários ou hostis. As autoridades se utilizam desta classificação para decidir quem pode cursar a universidade ou quanto alimento irá receber, por exemplo. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros, e jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, uma tarefa praticamente impossível. O inviável sistema comunista do país matou de fome cerca de 3 milhões de pessoas no fim dos anos 1990, já na gestão de Kim II-sung. A desnutrição da população, que sofre com a fome crônica há doze anos, fica evidente de todas as formas, como na avaliação da estatura dos norte-coreanos, que são, em média, sete centímetros mais baixos que os coreanos capitalistas.
A do Sul preferiu o capitalismo e a democracia. Ainda segundo a Veja, o país transformou-se num dos Tigres Asiáticos e, ao contrário da região norte, é moderno e industrializado. Sua economia tem como base a exportação de bens manufaturados e de alta tecnologia. Entre 1980 e 1993, o PIB cresceu em média 9,1% ao ano, uma das taxas mais altas do mundo. O PIB da Coréia do Norte corresponde a 3,1% do PIB sul-coreano.
Em matéria de comunicações, é um dos países com maior taxa de acesso à internet. Noventa e cinco por cento das casas possuem conexões de banda larga, o que colabora bastante para transformar o país em uma potência nesse ponto. Se alguma alma ingênua, tipo Tarso ou Luciana Genro, ainda querem apostar no socialismo, bem que podiam fazer uma visita às duas Coréias. Ou às duas Alemanhas, que é fenômeno semelhante. Comunismo é como bando de gafanhotos. Por onde passa, deixa a terra árida.
País pobre mas aguerrido, a Coréia do Norte tem o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21 milhões, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade nas forças armadas regulares. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o páís tem a maior porcentagem de pessoas militares per capita da população inteira, com aproximadamente 1 soldado alistado para 25 cidadãos norte-coreanos. Responsável pelos dois testes nucleares neste século, o rato que ruge ao Norte ameaçou “varrer” os Estados Unidos e a Coréia do Sul, sob a justificativa de que poderia ser atacada por eles.
Mortos de fome, mas com uma indústria nuclear em expansão. O que pode render boas negociações. Para conter os ímpetos nucleares do rato coreano, em fevereiro passado os Estados Unidos se comprometeram a enviar 240 mil toneladas de ajuda alimentícia para a Coréia do Norte, em troca do compromisso de Pyongyang de suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, assim como os testes nucleares e os lançamentos de mísseis de longo alcance.
Sexta-feira passada, antecipando as celebrações pelo centenário do nascimento do fundador e "presidente eterno" da Coréia do Norte, Kim Il-sung, a Coréia do Norte, lançou um foguete, supostamente para pôr em órbita um satélite de longo alcance. Os Estados Unidos e Coréia do Sul acusaram o país de disparar um míssil balístico. China e Coréia do Sul ameaçaram derrubar o foguete. O que me lembra piadinha que circula na rede.
Um brasileiro volta de uma viagem de negócios na China, onde conheceu algumas profissionais. Dias depois, seu pênis ficou todo verde. Ele esconde isso da mulher do jeito que pode, e vai consultar um médico. O médico olha o órgão do sujeito e sentencia:
- Ahaa...! Você foi para a China! Não?
- É verdade.
- E conheceu umas garotas de programa!
- É verdade!
- Infelizmente isso não tem cura. Vamos ter que cortar.
O sujeito não acredita no que ouve, e vai consultar outro médico, mas o diagnóstico é o mesmo. Em desespero, procura urologistas, especialistas, catedráticos, e todos, sem exceção, confirmam o diagnóstico. Arrasado e sem saída, decide procurar um médico chinês. Um especialista em urologia na própria China. Afinal eles deviam estar acostumados com aquela doença. Volta à China e marca uma consulta com o médico mais renomado do país. Ao examiná-lo, ele dá uma risadinha:
- Hehehehe! O senhor esteve na China lecentemente... Non?
- É verdade.
- E o senhor fez umas bobagens com as galotas... Non?
- É verdade.
- E o senhor foi ver médico basileilo... Non?
- É verdade.
- E médico basileilo lhe disse que telia que cortar.... Non?
- É verdade.
- Médico basileilo não sabe nada! Non plecisa cortar.
O brasileiro nem acredita! Quase desmaia de tanta emoção. Sai pulando pelo consultório. Abraça e beija o médico. Seu pesadelo acabou!
- Então, existe tratamento para isso?
- Non... Non.... Non plecisa cortar... Cai sozinho!
Não foi preciso derrubar o foguete do rato que ruge coreano. Caiu sozinho sobre o Mar Amarelo.
17 de abril de 2012
janer cristaldo
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