Após mais de nove horas de depoimento do delegado da Polícia Federal (PF) Matheus Mella Rodrigues, parlamentares que integram a CPI do Cachoeira aumentaram suas convicções em torno do comprometimento de integrantes do governo de Goiás na organização criminosa coordenada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.
As ramificações do esquema, conforme relato do policial à comissão de inquérito, atingiam também setores do governo do Distrito Federal. Havia ainda incursões do grupo de Cachoeira em estados da Região Sul, como o Paraná.
Embora a avaliação da CPI seja a de que há uma "relação muito intensa da organização criminosa com gestores do governo de Goiás", o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), descarta antecipar uma eventual convocação do governador goiano Marconi Perillo (PSDB).
Somente após o depoimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira, agendado para o próximo dia 23, é que Cunha pretende avaliar a “conveniência” da oitiva do político tucano.
“O ponto forte foi a confirmação da presença dessa organização criminosa em setores de governos estaduais. Isso merece a nossa investigação. Há uma impregnação muito forte dessa organização criminosa no governo de Goiás”, disse ele.
“Há evidências de que a organização criminosa esteve presente em outros governos estaduais também. Há uma preponderância dessa presença, uma cooptação muito intensa em setores do governo de Goiás, mas há presença e cooptação dessa organização no governo do Distrito Federal e há também incursões dessa organização em outros governos.
Foi citado, por exemplo, o governo do Paraná”, explicou. Para o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), há indícios de que "Carlinhos Cachoeira se transformou em um megalobista com tentáculos em vários estados".
No depoimento do delegado à CPI, foi revelado ainda que a construtora Delta, suspeita de ter se beneficiado em contratos a partir de ligações de seus dirigentes com Cachoeira, transferiu 39 milhões de reais para três empresas – JR, Brava e Alberto Pantoja – utilizadas pelo contraventor para lavagem de dinheiro e evasão de divisas a paraísos fiscais no Caribe.
11 de maio de 2012
Laryssa Borges e Gabriel Castro - Veja Online
Embora a avaliação da CPI seja a de que há uma "relação muito intensa da organização criminosa com gestores do governo de Goiás", o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), descarta antecipar uma eventual convocação do governador goiano Marconi Perillo (PSDB).
Somente após o depoimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira, agendado para o próximo dia 23, é que Cunha pretende avaliar a “conveniência” da oitiva do político tucano.
“O ponto forte foi a confirmação da presença dessa organização criminosa em setores de governos estaduais. Isso merece a nossa investigação. Há uma impregnação muito forte dessa organização criminosa no governo de Goiás”, disse ele.
“Há evidências de que a organização criminosa esteve presente em outros governos estaduais também. Há uma preponderância dessa presença, uma cooptação muito intensa em setores do governo de Goiás, mas há presença e cooptação dessa organização no governo do Distrito Federal e há também incursões dessa organização em outros governos.
Foi citado, por exemplo, o governo do Paraná”, explicou. Para o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), há indícios de que "Carlinhos Cachoeira se transformou em um megalobista com tentáculos em vários estados".
No depoimento do delegado à CPI, foi revelado ainda que a construtora Delta, suspeita de ter se beneficiado em contratos a partir de ligações de seus dirigentes com Cachoeira, transferiu 39 milhões de reais para três empresas – JR, Brava e Alberto Pantoja – utilizadas pelo contraventor para lavagem de dinheiro e evasão de divisas a paraísos fiscais no Caribe.
11 de maio de 2012
Laryssa Borges e Gabriel Castro - Veja Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário