"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 7 de maio de 2012

NOTÍCIAS DO ALERTA TOTAL

Lula quer Cabral fora da CPI do Cachoeira para oposição não identificar quem lucrou com bondes do Alemão

Exclusivo – Descoberto o motivo pelo qual o Doutor Chefão Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo enfermo e andando de bengala, corre tanto para evitar que seu amigo e parceirão Serginho Cabral Filho seja convocado a depor na CPI do Cachoeira – que até agora caminha para desaguar em mais uma pizza com sabor de impunidade. Lula teme que Cabral seja obrigado a explicar, além de sua ligação umbilical com a empreiteira Delta, por que as obras do plano inclinado do complexo do Alemão custaram tão caro e tiveram tantos termos aditivos ao contrato inicial, superfaturando a previsão inicial de gastos.
O motivo da correria de Lula para blindar Cabralzinho serviu de assunto das fofocas de final de semana de alguns senadores e deputados, em Brasília - lugar apropriadamente avacalhado como “Detrito Federal”.
Oficialmente, a obra no Alemão custaria estratosféricos R$ 210 milhões. Mas o valor pode ter sido aditivado para R$ 253 milhões. Os políticos comentavam ontem que gente muito próxima a Lula teria se beneficiado do negócio.
Símbolo-mor do PAC no Rio de Janeiro, os bondinhos do Alemão são alvo de críticas econômicas. Transportam apenas 10.000 passageiros por dia. Mas custam ao Estado do Rio R$ 2 milhões por mês, em subsídios. O negócio parece tão bom que já se estuda implantar uma nova linha do teleférico até o shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do Rio de Janeiro. Será que o modelo operacional resiste a uma isenta auditoria para verificar se o dinheiro gasto a mais com sua manutenção escorre para algum sistema de mensalão? Eis a questão...
Bancado pelo governo do RJ e operado pela Supervia (em contrato de emergência, sem licitação que só ocorre em julho), o teleférico tem passagem social a R$ 1 que não cobre os custos operacionais. Para piorar o rombo, 55% dos usuários desfrutam de gratuidade. Cada viagem de até 3,5km (da estação inicial, Bonsucesso, até a final, Palmeiras), 152 gôndolas, de 6h às 21h, custa aos cofres públicos R$ 6,70 – R$ 2 milhões divididos por 300.000 passageiros/mês.
Em 7 de julho de 2011, quando a Presidenta Dilma Rousseff inaugurou o teleférico do Alemão, o discurso do vice-governador do Rio de Janeiro chamou atenção. Luiz Fernando Pezão fez questão de agradecer às empreiteiras responsáveis pela obras, principalmente a Delta Construções, de Fernando Cavendish, cuja ligação com os esquemas do bicheiro e lobista Carlinhos Cachoeira e a amizade com o Governador Sérgio Cabral se transformam em bons motivos para se convocar alguém a depor numa CPI.
Uns 20 dias antes do discurso de Pezão, Cabral tinha sido pego na besteira de ter apanhado emprestado um jato do empresário Eike Batista, do grupo EBX, para viajar à Bahia e participar dos festejos de aniversário do dono da Delta, em um resort. A farra passaria despercebida não fosse uma tragédia. A queda de um helicóptero que provocou a morte de sete pessoas e tornou evidente a intimidade entre o governador e o empreiteiro. Cavendish perdeu a mulher, Jordana, e o enteado, Luca. O vice Pezão tinha acabado de chegar à Sicília, na Itália, quando ocorreu o acidente, e foi obrigado a cancelar as férias, voltando no primeiro vôo ao Brasil, a fim de dar suporte ao amigo Cabral.
A administração Cabral, no poder de 2007, já pagou mais de R$ 1 bilhão à Delta, de Cavendish. Pelo menos R$ 207 milhões resultaram de contratos assinados com dispensa de licitação. A maioria dos acordos também teve termos aditivos aumentando os custos das obras.
Desde a semana passada, a Delta ainda divulga reclamações de que o Governo Cabral lhe deve uns R$ 300 milhões em obras executadas e não pagas.
Cabral também quase se queimou porque concedeu R$ 79,2 milhões em benefícios fiscais para a EBX, empresa do bilionário qhe lhe emprestou o jatinho para o trágico passeio na Bahia. Sorte de Cabral que o Ministério Público resolveu arquivar a investigação sobre o assunto. Fato normal de acontecer em um País em que os governadores nomeiam os Procuradores Gerais de Justiça – responsáveis, eventualmente, por investigar seus erros ou crimes.
Silêncio dos Inocentes
A base goverrnista fará o diabo para que a CPI do Jim Jones não convoque os governadores Marconi Perillo (GO), Agnelo Queiroz (DF) e Sérgio Cabral (RJ).
Todos tiveram seus santos nomes envolvidos no escândalo que desaguou em Carlinhos Cachoeira.
O requerimento pedindo a convocação dos governadores foi já apresentado pelo líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR).

Certo é o depoimento do contraventor, marcado para o próximo dia 15, mas no qual Cachoeira deve apenas fazer propaganda pró-legalização do Jogo no Brasil, sem comprometar os seus parceiros (políticos) de negócios.
Medinho do Planalto
A Presidenta Dilma Rousseff teme que o clima pesado na CPI contamine a votação da medida provisória 567, que muda as regras de correção da caderneta de poupança.

O governo deseja que tudo seja votado e aprovado até julho.

O que Dilma devia temer de verdade é a repercussão negativamente política de mexer na poupança – uma das mais estáveis e intocadas dos brasileiros.
Contrate um motorista...

Filho mais velho do bilionário Eike Batista, Thor teve a sua Ferrari vermelha apreendida ontem à tarde por uma blitz do Detran na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca.

Por dirigir o famoso modelo 458 sem a placa dianteira, o rapaz cometeu infração, gravíssima.

Thor perdeu sete pontos na carteira, ganhou uma multa de R$ 191, e acumulou mais um problema em seu prontuário de motorista, depois de já ter atropelado e matado, recentemente, um ciclista na BR-040, ao volante de sua Mercedes SLR McLaren prata (placa EIK-0063).
Nudez castigável
A atriz global Carolina Dieckmann será a grande atração desta manhã na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro.
Carolina terá o desprazer de explicar como fotos íntimas dela, sem roupa, foram vazadas na internet por um site pornográfico hospedado em Londres.
 
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro pretende entrar com uma ação inibitória, para impedir que as fotos continuem no ar, sob pena de multa diária; e com outra ação criminal, para apurar quem retirou as imagens do computador de Carolina e as colocou no ar, ameaçando-a de extorsão.
 
Será mais um trabalho para o famoso e requisitado advogado Kakay – que atua também na defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido) e do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), no caso das escutas telefônicas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Piada de Hermanos?
Anedota que circula nos e-mails entre São Paulo e Buenos Aires.
Sabe por que os empresários (só os argentinos?) estão sempre ao lado do Governo?
Se andarem na frente, acabam estuprados.
Se ficarem atrás, levam um coice...
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
07 de maio de 2012

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