O crescimento das receitas tributárias, os investimentos do governo em obras de infra estruturas puxadas por grandes eventos aumentam substancialmente as encomendas para as empreiteiras. Há bilhões sendo gastos e outros tantos planejados para investimentos futuros. Isto quer dizer que o poderoso cartel das construtoras não pode se queixar de falta de obras.
Há obras em todo o Brasil, algumas mais concentradas em alguns estados. A necessidade de portos, pontes, ferrovias, estradas, aeroportos terminais de carga, de petróleo, exploração do pré sal, faz do governo um agente econômico com uma força sem precedente na história do Brasil.
Ele é, sem dúvida, o motor do crescimento, algo semelhante ao que ocorreu nos Estados Unidos durante e depois da Guerra Civil. Um grupo voraz de empresários e executivos se lança na conquista desses contratos com uma fúria nunca antes vista na história desse pais.
Os detentores do poder executivo, de todos os níveis, se movimentam para essas encomendas sejam efetivadas, obras realizadas, não medem esforços, atropelam leis, forjam condições obscuras e chegam a um resultado que lhes renda notoriedade e votos. O legislativo, câmaras, assembleias e Congresso ficam aparvalhados diante da rapidez desse movimento e por má fé desviam a atenção para temas irrelevantes e bombásticos para distrair a mídia e o cidadão contribuinte.
Uma das funções básicas do legislativo é fiscalizar o executivo. Isto não acontece porque o chefe do executivo forma bancadas de maioria que impedem qualquer ação, seja da oposição ou de qualquer outra investigação. Dominam o poder com tropas de choque do governo: não passa, não investiga, não permite, não divulga, senta sobre os pedidos e requerimentos e mantém a sete chaves a gaveta onde dormem os documentos.
O legislativo é um aliado poderoso. As normas de conduta são estabelecidas por uma camorra que dá uma aspecto legal através de maiorias que são arregimentadas a custo de benesses políticas e materiais. Há uma perigosa desmoralização do poder, ruinosa para a democracia.
Os representantes do povo perderam a vergonha, o norte, o compromisso e estão lá para apoiar os seus financiadores de campanha e enriquecer com o que sobra nos pratos do festim com o dinheiro público. A democracia brasileira aprendeu o que é uma blindagem, quem tem maioria manda, a minoria que se lixe, que procure a mídia.
Diante dessa tríade da corrupção o Ministério Público e os Tribunais de Contas estaduais mantém uma postura modorrenta e desinteressada. Uns são nomeados pelo chefe do executivo, outros estão preocupados com assuntos que elegeram mais urgentes. Enquanto isso “ a nossa pátria, mãe gentil, vai sendo subtraída...” Governadores são pilhados em jatinhos e helicópteros das empreiteiras, chafurdando em festas riquíssimas no exterior, e usando da imaginação para não permitir que as recompensas sejam flagradas por algum demônio da oposição, seja ele qual for. É um verdadeiro Baile da Ilha Fiscal, ao som das valsas bailam políticos, corruptos, corruptores, asseclas,
contraventores, vigaristas de toda ordem, assessores, traficantes de influências, consultores de coisa nenhuma, palestrantes fantasmas e toda uma turba de aproveitadores.
Os contratos milionários são a consequência de todo esse movimento. Uma leva deles sem qualquer licitação, e quando têm carregam aditivos que multiplicam o seu valor. Ainda bem que existem os feriados, as festas, o carnaval, a semana santa, o final do ano para que a população se distraia e os deixe em paz. A mídia está fazendo o seu papel, dá todo dia um ponta pé no biombo, ou blindagem, e mostram o bacanal dos que encontraram o caminho para encher os cofres com o dinheiro do cidadão contribuinte.
07 de maio de 2012
in heródoto barbeiro
Há obras em todo o Brasil, algumas mais concentradas em alguns estados. A necessidade de portos, pontes, ferrovias, estradas, aeroportos terminais de carga, de petróleo, exploração do pré sal, faz do governo um agente econômico com uma força sem precedente na história do Brasil.
Ele é, sem dúvida, o motor do crescimento, algo semelhante ao que ocorreu nos Estados Unidos durante e depois da Guerra Civil. Um grupo voraz de empresários e executivos se lança na conquista desses contratos com uma fúria nunca antes vista na história desse pais.
Os detentores do poder executivo, de todos os níveis, se movimentam para essas encomendas sejam efetivadas, obras realizadas, não medem esforços, atropelam leis, forjam condições obscuras e chegam a um resultado que lhes renda notoriedade e votos. O legislativo, câmaras, assembleias e Congresso ficam aparvalhados diante da rapidez desse movimento e por má fé desviam a atenção para temas irrelevantes e bombásticos para distrair a mídia e o cidadão contribuinte.
Uma das funções básicas do legislativo é fiscalizar o executivo. Isto não acontece porque o chefe do executivo forma bancadas de maioria que impedem qualquer ação, seja da oposição ou de qualquer outra investigação. Dominam o poder com tropas de choque do governo: não passa, não investiga, não permite, não divulga, senta sobre os pedidos e requerimentos e mantém a sete chaves a gaveta onde dormem os documentos.
O legislativo é um aliado poderoso. As normas de conduta são estabelecidas por uma camorra que dá uma aspecto legal através de maiorias que são arregimentadas a custo de benesses políticas e materiais. Há uma perigosa desmoralização do poder, ruinosa para a democracia.
Os representantes do povo perderam a vergonha, o norte, o compromisso e estão lá para apoiar os seus financiadores de campanha e enriquecer com o que sobra nos pratos do festim com o dinheiro público. A democracia brasileira aprendeu o que é uma blindagem, quem tem maioria manda, a minoria que se lixe, que procure a mídia.
Diante dessa tríade da corrupção o Ministério Público e os Tribunais de Contas estaduais mantém uma postura modorrenta e desinteressada. Uns são nomeados pelo chefe do executivo, outros estão preocupados com assuntos que elegeram mais urgentes. Enquanto isso “ a nossa pátria, mãe gentil, vai sendo subtraída...” Governadores são pilhados em jatinhos e helicópteros das empreiteiras, chafurdando em festas riquíssimas no exterior, e usando da imaginação para não permitir que as recompensas sejam flagradas por algum demônio da oposição, seja ele qual for. É um verdadeiro Baile da Ilha Fiscal, ao som das valsas bailam políticos, corruptos, corruptores, asseclas,
contraventores, vigaristas de toda ordem, assessores, traficantes de influências, consultores de coisa nenhuma, palestrantes fantasmas e toda uma turba de aproveitadores.
Os contratos milionários são a consequência de todo esse movimento. Uma leva deles sem qualquer licitação, e quando têm carregam aditivos que multiplicam o seu valor. Ainda bem que existem os feriados, as festas, o carnaval, a semana santa, o final do ano para que a população se distraia e os deixe em paz. A mídia está fazendo o seu papel, dá todo dia um ponta pé no biombo, ou blindagem, e mostram o bacanal dos que encontraram o caminho para encher os cofres com o dinheiro do cidadão contribuinte.
07 de maio de 2012
in heródoto barbeiro
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