"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 21 de maio de 2012

PARLAMENTARES QUEREM VACCAREZZA FORA DA CPI APÓS MENSAGEM A SÉRGIO CABRAL

A situação do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) como integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (PCI) mista do Cachoeira se aproximou do insustentável depois que ele foi flagrado mandando uma mensagem de texto na qual tranquiliza o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um dos possíveis convocados para depor no colegiado.

Agora, a cúpula do PT só vê uma saída para que o deputado tente se redimir: pedir o desligamento do colegiado. Caso contrário, não está descartada a substituição dele por um correligionário.
O descuido de Vaccarezza reforça a versão defendida pelos parlamentares da oposição, de que a base aliada está concentrada em manter as investigações distantes dos partidos governistas, principalmente PT e PMDB.
Como se sabe, ma sessão de quinta-feira, uma equipe do SBT filmou Vaccarezza enviando um SMS para Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu (sic)”, dizia o texto recebido pelo governador fluminense.

O desconforto na relação entre os dois maiores partidos da base aliada estourou na semana passada, quando o PMDB não concordou em abraçar os dois principais pleitos de boa parte dos petistas que integram a CPI: atacar publicamente o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e votar a favor da convocação de jornalistas para prestarem depoimentos.
Essa seria a fatura cobrada pelo PT para continuar poupando Cabral do comparecimento à comissão.

(Transcrito do Correio Braziliense)

21 de maio de 2012
gabriel mascarenhas

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