O título, creio, exprime a síntese da excelente partida que o Brasil e Argentina disputaram na tarde de hoje, sábado, em Nova Jersey, cidade separada de Nova York apenas pelo túnel que leva o nome do presidente Abraham Lincoln. O time jogou com firmeza, destemor, avançou bem, partiu sempre para a vitória e poderia até ter vencido. A causa da derrota por 4 a 3 está no fato de o técnico Mano Menezes não ter armado um sistema defensivo à base da cobertura indispensável para marcar Leonel Messi, um gênio do futebol, habilidade e senso de espaço notáveis.
Para isso, os homens de meio campo teriam que voltar mais e participarem com intensidade das ações defensivas. Futebol não se vence apenas no ataque. Antigamente jogávamos assim. Dávamos shows de bola, mas perdíamos. Quando as seleções aprenderam a defender, usando o sistema de cobertura, modalidade que surgiu com Zezé Moreira, passamos a vencer.
Começou contra o Uruguai no Panamericano de 52, Santiago do Chile, primeiro título do futebol brasileiro conquistado fora do país. Devolvemos a derrota de 50, batendo o Uruguai por 4 a 2. Foi um resultado histórico. Maiores que este só as cinco decisões que levaram ao pentacampeonato do mundo.
Se houvesse senso de cobertura, na Taça de 50, com alguém do meio campo, no caso Jair da Rosa Pinto, Danilo ou Zizinho, caindo nas costas do lateral esquerdo Bigode, que estava sendo ultrapassado seguidamente por Gighia, teríamos pelo menos empatado, o que, pelo regulamento da época nos daria o título.
O mesmo aconteceria em 82, quando perdemos para a Itália. Três gols de Paolo Rossi, que se deslocava à vontade no espaço aberto da meia cancha, onde na verdade as partidas se decidem. Por uma coincidência, na tarde de hoje fomos derrotados por três gols de Leonel Messi.
Mais um exemplo da falta de marcação e cobertura: em 86, estávamos um a zero contra a França. Platini, hoje diretor da FIFA, jogador de alta categoria, não recebeu a marcação devida. Resultado, ele carregou a bola e empatou a partida. Perdemos nos pênaltis.
A cobertura é essencial no futebol. Engana-se quem pensar o contrário. Hoje, atuamos na parte ofensiva, fomos mal no setor defensivo. A defesa da Argentina tampouco esteve firme.
O resultado final atesta as falhas de lado a lado. Mas os argentinos tinham Leonel Messi. De nosso lado, Neymar desenvolveu atuação fraca. Aliás já venho notando que, à medida em que a responsabilidade cresce, ele decai.
Nas competições importantes não é tão bom quanto nas exibições. Cai muito, resiste pouco aos choques com os adversários. Há certos lances (decisivos) em que o atleta tem de resistir à falta e ao tranco. Neymar suporta pouco.
Mas a Seleção de Ouro cumpriu boa exibição em Nova Jersey. Entrou em campo a equipe olímpica, jovem, menos experiente que a equipe argentina. Perdemos, mas enfrentamos de igual para igual. Coragem não faltou.
Disposição de luta também não. Encontramos finalmente um homem de frente para segurar a zaga adversária e intranqüilizar os sistemas defensivos com os quais nos defrontaremos em Londres.
Estou falando do jovem Hulk. O time brasileiro melhorou muito da derrota ruim para o México para o desempenho de hoje. Costumamos dizer, brincando, que ganhamos experiência. Mas na derrota de poucas horas atrás isso é verdade mesmo. Experiência e disposição para o combate. Outros confrontos virão.
Para isso, os homens de meio campo teriam que voltar mais e participarem com intensidade das ações defensivas. Futebol não se vence apenas no ataque. Antigamente jogávamos assim. Dávamos shows de bola, mas perdíamos. Quando as seleções aprenderam a defender, usando o sistema de cobertura, modalidade que surgiu com Zezé Moreira, passamos a vencer.
Começou contra o Uruguai no Panamericano de 52, Santiago do Chile, primeiro título do futebol brasileiro conquistado fora do país. Devolvemos a derrota de 50, batendo o Uruguai por 4 a 2. Foi um resultado histórico. Maiores que este só as cinco decisões que levaram ao pentacampeonato do mundo.
Se houvesse senso de cobertura, na Taça de 50, com alguém do meio campo, no caso Jair da Rosa Pinto, Danilo ou Zizinho, caindo nas costas do lateral esquerdo Bigode, que estava sendo ultrapassado seguidamente por Gighia, teríamos pelo menos empatado, o que, pelo regulamento da época nos daria o título.
O mesmo aconteceria em 82, quando perdemos para a Itália. Três gols de Paolo Rossi, que se deslocava à vontade no espaço aberto da meia cancha, onde na verdade as partidas se decidem. Por uma coincidência, na tarde de hoje fomos derrotados por três gols de Leonel Messi.
Mais um exemplo da falta de marcação e cobertura: em 86, estávamos um a zero contra a França. Platini, hoje diretor da FIFA, jogador de alta categoria, não recebeu a marcação devida. Resultado, ele carregou a bola e empatou a partida. Perdemos nos pênaltis.
A cobertura é essencial no futebol. Engana-se quem pensar o contrário. Hoje, atuamos na parte ofensiva, fomos mal no setor defensivo. A defesa da Argentina tampouco esteve firme.
O resultado final atesta as falhas de lado a lado. Mas os argentinos tinham Leonel Messi. De nosso lado, Neymar desenvolveu atuação fraca. Aliás já venho notando que, à medida em que a responsabilidade cresce, ele decai.
Nas competições importantes não é tão bom quanto nas exibições. Cai muito, resiste pouco aos choques com os adversários. Há certos lances (decisivos) em que o atleta tem de resistir à falta e ao tranco. Neymar suporta pouco.
Mas a Seleção de Ouro cumpriu boa exibição em Nova Jersey. Entrou em campo a equipe olímpica, jovem, menos experiente que a equipe argentina. Perdemos, mas enfrentamos de igual para igual. Coragem não faltou.
Disposição de luta também não. Encontramos finalmente um homem de frente para segurar a zaga adversária e intranqüilizar os sistemas defensivos com os quais nos defrontaremos em Londres.
Estou falando do jovem Hulk. O time brasileiro melhorou muito da derrota ruim para o México para o desempenho de hoje. Costumamos dizer, brincando, que ganhamos experiência. Mas na derrota de poucas horas atrás isso é verdade mesmo. Experiência e disposição para o combate. Outros confrontos virão.
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