- Com o recente registro do Partido Ecológico Nacional (PEN) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem agora nada menos que 30 agremiações. É um número bastante exagerado, quando sabemos que somente alguns existem de fato e participam ativamente da politica elegendo número considerável de ocupantes nos mais variados cargos. Alguns são apenas parte de um autêntico negócio que é praticado com outros e que acabam rendendo algum bom dinheiro para uns poucos dirigentes. Além do Fundo Partidário existe um verdadeiro comércio principalmente de minutos e segundos a serem agregados a outros partidos maiores no chamado 'horário gratuito' na TV e no rádio nas campanhas eleitorais, cujos valores da compra não chegam ao conhecimento geral e muito menos da mídia.
- Os chamados partidos 'nanicos' são os que mais lucram nesse 'comércio', como o PHS (Partido Humanista da Solidariedade), que de acordo com a coluna 'Panorama Político' da edição de hoje do jornal 'O Globo' vai receber este ano cerca de R$ 1 milhão e 600 mil, tendo apenas um deputado federal, enquanto o PTdoB vai faturar R$ 1 milhão e 100 mil, ambos superados pelo PRB, com nove deputados federais, que vai botar a mão num total de R$ 3 milhões e 300 mil. Esta é uma das razões para a existência de 30 partidos no Brasil, quando é do conhecimento geral que uns poucos funcionam realmente como agremiações partidárias.
- O Brasil acada de assistir a espúria aliança do ex-presidente Lula com o deputado Paulo Maluf (PP-SP) em troca do tempo de 1 minutos 35 segundos de tempo na TV e no rádio, objetivando aumentar o tempo de exposição de seu candidato e do PT à Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad, que patina nas pesquisas que apontam como favorito o candidato do PSDB, José Serra. Se 'rolou grana', não se sabe, mas como 'pagamento' ao apoio do parlamentar procurado pela Interpol no mundo todo, coube à presidente Dilma Rousseff nomear um parceiro de Maluf para um elevado cargo na administração federal. Se não aconteceu 'algum por fora', o povo paga a conta dessa aliança através do salário a ser pago ao novo assessor da presidente Dilma;
- Em âmbito nacional, o que temos assistido é uma constante disputa entre o PSDB e o PT pela Presidência da República, aparecendo sempre o PMDB 'correndo por fora', disposto a apoiar aquele que vencer, recebendo em troca elevados cargos federais a serem preenchidos por seus filiados. Parece que é hora de se pensar em mudança na legislação quer dá margem ao surgimento de tantos partidos, que não têm nenhum programa mas somente o interesse em vender tempo de 'horário gratuito' a administrar sabe-se lá como o milionário Fundo Partidário. O que está ruim ainda pode piorar, pois estão tramitando no TSE nada menos que mais oito solicitações de registro de partidos políticos. Isso é demais.
23 de julho de 2012
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