"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 13 de julho de 2012

TEXTO COPROLÓGICO

Ao procurar pela palavra coprologia, no gugle, obtém-se este primor de redação da Wikipédia:

“Coprologia, ciência também conhecida como Escatologia — termo que não deve ser confundido com seu homônimo Escatologia (filosofia) — é a ciência que estuda as fezes. Mais especificamente, trata-se do estudo das fezes humanas com objetivo de auxiliar no diagnóstico e prognóstico de doenças do sistema digestivo (renomeado sistema digestório).



As fezes são o resultado do processo de digestão dos alimentos ingeridos e absorção dos nutrientes, resultando em que um mínimo de substâncias nutritivas cheguem até o ceco. Progressivamente, o número de bactérias cresce, e o teor líquido se reduz, até a formação das fezes normais, que, ao serem eliminadas, são moldadas pelo esfíncter anal”, também popularmente conhecido como cu.
Claro que este final não está lá. É obra do redator…

A constipação intestinal, ou mais popularmente, prisão de ventre, é um sintoma, não uma doença. Os cientistas que estudam as doenças humanas dizem que, se indivíduos (no caso brasileiro, com a nova regra léxica presidencial: indivíduos e indivíduas) conseguem obrar 3 vezes por semana, sem grande esforço, não devem ser considerados como sintoma da constipação.

Há os que obram todos os dias, com é o caso deste que vos escreve. Mas eu não conto, porque não sou político. Sou apenas um pretenso escrevinhador. O interesse imediato é produzir um texto sobre as cagadas diárias dos políticos, coisa que, neste país, é regra absoluta. Procura-se uma exceção que confirme a regra. Não há. No fim, bem no fim, trata-se apenas de produção da popular merda.

Eu pensava que só em Pindorama existiam cagadas diárias. Ledo engano. Nosso coeditor Ralph, que considero ter a infelicidade de morar muito próximo dos hermanos, ao mesmo tempo tem a vantagem de receber sinais de alguma vida inteligente naquelas plagas, tal como a ilustração extraordinária que me enviou e que adorna este texto.

13 de julho de 2012
Magu

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