É lamentável que a sociedade brasileira ainda pense que o governo é a solução para resolver os problemas do povo. Essa mentira vai durar até quando? Os donos do poder – os políticos – usam os recursos financeiros da população (governo não fabrica dinheiro) não em beneficio da sociedade e sim em seus próprios interesses.
Os partidos políticos sem o menor relacionamento com a sociedade empurram com a barriga os problemas, não porque não saibam deles, mas porque as soluções quase sempre não passam pelos interesses deles, os políticos, e porque os interesses da comunidade são sempre secundários e os ditos “importantes” são os pessoais, deles, os políticos. É incrível isso.
Temos hoje 55.000 (cinqüenta e cinco mil vereadores) e o nosso Congresso resolveu aumentar em mais 5.000 (cinco mil). A pergunta é para quê? Qual a lógica dessa decisão? Nenhuma lógica. Ora o Congresso tem muitos assuntos importantes para com que se preocupar, discutir e votar, como a Reforma Tributária, a Política, a diminuição da corrupção e os gastos com impostos, mas são assuntos que dormem no parlamento, talvez esperando por um milagre.
Agora os políticos querem passar para 10% do PIB as verbas da Educação, mas o Ministro da Fazenda, Guido Mantega declarou que não há condições para isto. O Estado está quebrado. No entanto, esqueceu-se de dizer aos eleitores que existem 3 milhões de aposentados do setor público que seus salários são maiores do que o gasto com 37,5 milhões de crianças do ensino básico, fundamental e médio e o mais grave é que enquanto na OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento da Educação) são 2 (dois) professores para cada funcionário, no Brasil é 1 (hum) professor para cada 3,5 por funcionário.
Tudo isso, isto é, o nosso quadro educacional, reflete na qualidade do nosso ensino, e podemos afirmar que temos um dos piores ensinos do mundo. A Coréia deixou o sub desenvolvimento puxado pelo motor da educação, mas aqui todo o motor é puxado pelo Estado , tais como políticos, funcionários públicos, empreiteiras, fornecedores e tudo o que é grudados nas verbas públicas. É uma pena. Resta saber até quando?
13 de julho de 2012
Adauto Medeiros
(*) Engenheiro civil e empresário.
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