Colômbia: vejam o enorme desprezo do dirigente das Farc pelo sofrimento causado pelos terroristas
Não são precisos, mas são espantosos e assustadores, os números de vítimas de diversos tipos decorrentes da guerra travada entre os narcoterroristas das chamadas “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” e as forças do Estado colombiano desde que os terroristas, unidos a outros grupos, iniciaram as hostilidades, nos anos 60.
A guerra obrigou ao desalojamento de nada menos do que 4 milhões de colombianos de suas terras e de seus lares, numa hecatombe social de proporções gigantescas. Pelo menos 80 mil civis morreram ou estão desaparecidos.
Entre as forças da ordem, até 2008 — imagine-se a quanto montará o número, hoje –, nada menos do que 9.222 militares e 3.615 policiais haviam sido mortos, e mais de 30 mil feridos.
Tragédia humana gigantesca em nome de uma “luta” sem sentido — e mentirosa
As Farc sequestraram perto de 1.500 pessoas para obter resgates em dinheiro ou outro tipo de vantagem — e centenas deles foram simplesmente assassinados. Outro grande número permanece em cativeiro na selva, em condições sub-humanas.
Sim, evidentemente os terroristas sofreram enormes baixas, que se calculam próximas das 30 mil, sem contar os 40 mil capturados (a maioria hoje em liberdade, muitos sem cuprir penas por se constatar que foram recrutados à força) e os dezenas de milhares que foram desmobilizados e, de alguma fora, se reintegraram à vida em sociedade. O mesmo aconteceu com grupos paramilitares, que terão perdido algo como 3 mil homens e, por meio de várias ações de diferentes governos, acabaram desmobilizando outros 40 mil.
Esses números, imprecisos e parciais, dão uma ideia do tamanho da tragédia humana que assola a Colômbia e causada por uma “luta” que há muito perdeu qualquer razão de ser — para aqueles que justificam o recurso à violência — num país democrático, hoje travada por criminosos cúmplices de traficantes de drogas, com cujo comércio financiam suas operações.
Os narcoterroristas mentem de forma descarada, ao fingir que defendem “mudanças” na sociedade colombiana. Tornaram-se criminosos comuns e cruéis, que movimentam centenas de milhões de dólares oriundos da droga, matam, sequestram, praticam atentados a bomba.
Sorridente, o dirigente das Farc protagoniza episódio asqueroso
Pois bem, toda essa exposição para lhes contar o episódio asqueroso que presenciei hoje, na TV Euronews — rede de TV de propriedade de um consórcio de emissoras públicas e privadas de uma dezena de países europeus e também do Egito que transmite em diferentes idiomas. Tratava-se de reportagem sobre a reunião patrocinada na quinta, 18, pela Noruega, entre representantes do governo da Colômbia e das Farc para iniciar conversações de paz.
Entre outras entrevistas, lá pelas tantas o repórter pergunta a Jesús Santich, um dos dirigentes das Farc, se os terroristas estavam dispostos a, no curso do processo, pedir desculpas às milhares de vítimas que causaram na Colômbia.
Todo elegante, de óculos escuros, paletó de corte finíssimo e um foulard ao pescoço, Santich zombou da seriedade da pergunta — e, naturalmente, das vítimas – e, sorridente, respondeu cantando. No caso, o comecinho do conhecido bolero composto em 1947 pelo cubano Osvaldo Farrés:
– “Quizás, quizás, quizás…” (“Talvez, talvez, talvez”).
Como jornalista, minha expectativa em relação a esse processo de paz de iniciativa do presidente Juan Manuel Santos é próxima a zero — pela atitude arrogante dos terroristas, como se pode verificar por esse episódio, e pela pilha de exigências absurdas que estão colocando sobre a mesa.
23 de outubro de 2012
Veja online
Não são precisos, mas são espantosos e assustadores, os números de vítimas de diversos tipos decorrentes da guerra travada entre os narcoterroristas das chamadas “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” e as forças do Estado colombiano desde que os terroristas, unidos a outros grupos, iniciaram as hostilidades, nos anos 60.
A guerra obrigou ao desalojamento de nada menos do que 4 milhões de colombianos de suas terras e de seus lares, numa hecatombe social de proporções gigantescas. Pelo menos 80 mil civis morreram ou estão desaparecidos.
Entre as forças da ordem, até 2008 — imagine-se a quanto montará o número, hoje –, nada menos do que 9.222 militares e 3.615 policiais haviam sido mortos, e mais de 30 mil feridos.
Tragédia humana gigantesca em nome de uma “luta” sem sentido — e mentirosa
As Farc sequestraram perto de 1.500 pessoas para obter resgates em dinheiro ou outro tipo de vantagem — e centenas deles foram simplesmente assassinados. Outro grande número permanece em cativeiro na selva, em condições sub-humanas.
Sim, evidentemente os terroristas sofreram enormes baixas, que se calculam próximas das 30 mil, sem contar os 40 mil capturados (a maioria hoje em liberdade, muitos sem cuprir penas por se constatar que foram recrutados à força) e os dezenas de milhares que foram desmobilizados e, de alguma fora, se reintegraram à vida em sociedade. O mesmo aconteceu com grupos paramilitares, que terão perdido algo como 3 mil homens e, por meio de várias ações de diferentes governos, acabaram desmobilizando outros 40 mil.
Esses números, imprecisos e parciais, dão uma ideia do tamanho da tragédia humana que assola a Colômbia e causada por uma “luta” que há muito perdeu qualquer razão de ser — para aqueles que justificam o recurso à violência — num país democrático, hoje travada por criminosos cúmplices de traficantes de drogas, com cujo comércio financiam suas operações.
Os narcoterroristas mentem de forma descarada, ao fingir que defendem “mudanças” na sociedade colombiana. Tornaram-se criminosos comuns e cruéis, que movimentam centenas de milhões de dólares oriundos da droga, matam, sequestram, praticam atentados a bomba.
Sorridente, o dirigente das Farc protagoniza episódio asqueroso
Pois bem, toda essa exposição para lhes contar o episódio asqueroso que presenciei hoje, na TV Euronews — rede de TV de propriedade de um consórcio de emissoras públicas e privadas de uma dezena de países europeus e também do Egito que transmite em diferentes idiomas. Tratava-se de reportagem sobre a reunião patrocinada na quinta, 18, pela Noruega, entre representantes do governo da Colômbia e das Farc para iniciar conversações de paz.
Entre outras entrevistas, lá pelas tantas o repórter pergunta a Jesús Santich, um dos dirigentes das Farc, se os terroristas estavam dispostos a, no curso do processo, pedir desculpas às milhares de vítimas que causaram na Colômbia.
Todo elegante, de óculos escuros, paletó de corte finíssimo e um foulard ao pescoço, Santich zombou da seriedade da pergunta — e, naturalmente, das vítimas – e, sorridente, respondeu cantando. No caso, o comecinho do conhecido bolero composto em 1947 pelo cubano Osvaldo Farrés:
– “Quizás, quizás, quizás…” (“Talvez, talvez, talvez”).
Como jornalista, minha expectativa em relação a esse processo de paz de iniciativa do presidente Juan Manuel Santos é próxima a zero — pela atitude arrogante dos terroristas, como se pode verificar por esse episódio, e pela pilha de exigências absurdas que estão colocando sobre a mesa.
23 de outubro de 2012
Veja online
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