"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MALUF SE OFERECE PARA DECIDIR A ELEIÇÃO EM SÃO PAULO E ESPERA CONVITE PARA GRAVAR APOIO A HADDAD NA TV

 

“Vanitas vanitatus” (vaidade das vaidades) parece ser o lema da eleição em São Paulo. Enquanto a senadora Marta Suplicy (PT –SP) diz ser responsável pela virada que levou o petista Fernando Haddad ao segundo turno (“Entrei na campanha no momento certo”) o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se oferece para decidir a disputa, dizendo esperar um convite do PT para gravar depoimento de apoio ao petista Fernando Haddad.


Procurado em 181 países

“Se me chamarem para gravar, eu vou”, afirmou Maluf, depois de votar no Colégio Sacre Couer de Marie, no Itaim, Zona Sul de São Paulo.

Cercado de jornalistas, Maluf brincou quando lhe perguntaram sobre a sensação de fazer campanha para o candidato do PT, seu adversário histórico na cidade.
“Eles mudaram muito. Estão à minha direita. Eles defendem tanto as multinacionais, os automóveis, as geladeiras, que me sinto comunista perto deles”, ironizou o ex-prefeito.



“HADDAD É LIMPO”


Maluf, procurado pela Interpol em 181 países, defendeu o voto em Haddad afirmando que o ex-ministro da Educação é “limpo”. Maluf aproveitou para elogiar Lula, dizendo que o ex-presidente “é um democrata”.

“Ele e o PT mudaram muito. Ele esteve na minha casa e fizemos um casamento com transparência, com ele e o candidato”, lembrou.

Depois de votar, Maluf disse ainda que não é possível saber agora qual o impacto do mensalão na campanha de Haddad. “Não tenho medida”, disse, acrescentando ter sido abordado em um restaurante sobre o assunto. “Eu disse: minha senhora, eu sou católico apostólico romano praticante.

Não é porque tem um padre pedófilo na Paraíba ou em Alagoas ou na Irlanda que eu vou deixar de ser católico.” Para ele, se há petistas que cometeram erros, “devem ser punidos”.

08 de outubro de 2012
Carlos Newton

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