"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CIENTISTA POLÍTICO DIZ QUE ELEITOR PODE NÃO SEGUIR ALIANÇA DOS CANDIDATOS NO SEGUNDO TURNO

 

O professor e pesquisador do Insper, Humberto Dantas, em entrevista à TV Estadão, avaliou as tendências de apoio neste segundo turno em São Paulo. “O PMDB de Gabriel Chalita nacionalmente apoia o PT. Há uma probabilidade muito grande de apoio em São Paulo”, afirmou, “Paulinho da Força (PDT) parece mais adepto da candidatura do PSDB”, ressalvou.


Sobre a tendência do eleitorado, Dantas falou da infidelidade dos eleitores. “Segundo pesquisas, a característica do eleitor é mais relevante do que o apoio do candidato que ele votou no primeiro turno. Ou seja, não é porque eu tenho uma afinidade com a sua proposta que eu vou para onde você vai”, disse.

Sobre Celso Russomanno (PRB), afirmou que o candidato surgiu como uma surpresa. “Esperava-se que ele caísse antes. Deveria ter caído, mas só caiu quando os adversários perceberam que precisavam de uma ação mais incisiva”, disse.

Ele avalia que Russomanno teve forte apoio do eleitorado conservador. “Há uma probabilidade maior desse eleitorado se aproximar de José Serra (PSDB) do que Fernando Haddad (PT)”, afirmou.
Lembrando que se chegou a considerar que Serra estaria fora do segundo turno, o cientista político disse que ele chega agora como o mais votado. “Mas o panorama para o segundo turno é indefinido”, analisa.

Dantas disse que há boas justificativas para os dois partidos acusarem um ao outro, citando o mensalão e a rejeição de Serra em São Paulo. “É importante ver o passado, mas precisaria ter uma discussão de uma forma mais consistente sobre o que eles pretendem para a cidade”.

(Transcrito do Estadão)

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