Pesquisa do Datafolha, comentada pelo repórter Ricardo Mendonça e publicada domingo, pela Folha de São Paulo, assegura com antecipação e segurança a vitória de Fernando Haddad sobre José Serra nas eleições de domingo próximo, segundo turno, pela Prefeitura da cidade de São Paulo.
A matéria da FSP destaca a penetração do lulismo nas áreas de classe média, de pensamento conservador. Assim, liderando em todos os grupos sociais, Haddad não tem como ser alcançado pelo ex-governador e ministro da Saúde.
Na classe média, 46 a 33%. No conjunto, 49ª 32.
Pode-se acreditar que os votos de Russomano, no primeiro embate, transferiram-se quase integralmente para Haddad no segundo.
Na mesma edição do FSP, o ex presidente Lula, em comício para Márcio Pochman para prefeito de Campinas, matéria de Marília Rocha e Daniel Carvalho, ironiza e diz que, de poste em poste, o Brasil se ilumina. Uma piada. Mas não é bem assim, Lula referia-se a pouca densidade
eleitoral do ex-presidente do IPEA, um técnico em sua primeira incursão no campo do voto popular.
O ex-presidente da República, de fato, é um fenômeno. Reelegeu-se por 61 a 39%, depois de se eleger batendo Serra por 62 a 38, garantiu a vitória de Dilma Rousseff por 56 a 44, no segundo turno, e mantém muito elevado seu grau de aprovação e popularidade. Dilma, à frente do governo, até suplanta o patamar para o qual foi alçada.
A legenda do PT segue firme, como as pesquisas assinalam, tanto as do Datafolha quanto as do Ibope, comprovando que o pleito deste ano não foi e tampouco está sendo sensibilizado pelo mensalão em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
A opinião pública não foi afetada pela questão, embora sela ela amplamente popular. O mesmo que tentar fazer o esporte influir eleitoralmente. Não pega. Nada disso.
A reação do mensalão parte de uma faixa da opinião pública já antecipadamente oposicionista.
Não se estende aos grupos sociais de modo geral a levá-los a mudar de opinião.
O que a pesquisa do Datafolha apontou como conservadorismo não se refere apenas aos grupos de melhor renda. Mas também aqueles cujos integrantes não são ameaçados de prejuízo em matéria de poder aquisitivo.
A política de reposição salarial está na raiz da questão.
Lula, a presidente Dilma e o próprio PT, como legenda, não ameaçam a estrutura da sociedade. E é importante reconhecer que, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores forma em aliança com o PMDB.
Conservador, como se sabe. PT e PMDB formam em São Paulo uma base de estabilidade.
A questão, entretanto, não se cinge apenas a esse ângulo.
Fundamental é que, como Lula disse à FSP ao se referir à eleição presidencial de 89, o PT não assusta hoje frações da sociedade que o temiam ontem. Tornou-se um partido tanto das classes trabalhadoras quanto assumiu um perfil de classe média.
Os números da pesquisa do Datafolha na cidade de São Paulo comprovam a convergência. Que, a meu ver, antecipa a vitória do ex-ministro da Educação.
A matéria da FSP destaca a penetração do lulismo nas áreas de classe média, de pensamento conservador. Assim, liderando em todos os grupos sociais, Haddad não tem como ser alcançado pelo ex-governador e ministro da Saúde.
Na classe média, 46 a 33%. No conjunto, 49ª 32.
Pode-se acreditar que os votos de Russomano, no primeiro embate, transferiram-se quase integralmente para Haddad no segundo.
Na mesma edição do FSP, o ex presidente Lula, em comício para Márcio Pochman para prefeito de Campinas, matéria de Marília Rocha e Daniel Carvalho, ironiza e diz que, de poste em poste, o Brasil se ilumina. Uma piada. Mas não é bem assim, Lula referia-se a pouca densidade
eleitoral do ex-presidente do IPEA, um técnico em sua primeira incursão no campo do voto popular.
O ex-presidente da República, de fato, é um fenômeno. Reelegeu-se por 61 a 39%, depois de se eleger batendo Serra por 62 a 38, garantiu a vitória de Dilma Rousseff por 56 a 44, no segundo turno, e mantém muito elevado seu grau de aprovação e popularidade. Dilma, à frente do governo, até suplanta o patamar para o qual foi alçada.
A legenda do PT segue firme, como as pesquisas assinalam, tanto as do Datafolha quanto as do Ibope, comprovando que o pleito deste ano não foi e tampouco está sendo sensibilizado pelo mensalão em julgamento no Supremo Tribunal Federal.
A opinião pública não foi afetada pela questão, embora sela ela amplamente popular. O mesmo que tentar fazer o esporte influir eleitoralmente. Não pega. Nada disso.
A reação do mensalão parte de uma faixa da opinião pública já antecipadamente oposicionista.
Não se estende aos grupos sociais de modo geral a levá-los a mudar de opinião.
O que a pesquisa do Datafolha apontou como conservadorismo não se refere apenas aos grupos de melhor renda. Mas também aqueles cujos integrantes não são ameaçados de prejuízo em matéria de poder aquisitivo.
A política de reposição salarial está na raiz da questão.
Lula, a presidente Dilma e o próprio PT, como legenda, não ameaçam a estrutura da sociedade. E é importante reconhecer que, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores forma em aliança com o PMDB.
Conservador, como se sabe. PT e PMDB formam em São Paulo uma base de estabilidade.
A questão, entretanto, não se cinge apenas a esse ângulo.
Fundamental é que, como Lula disse à FSP ao se referir à eleição presidencial de 89, o PT não assusta hoje frações da sociedade que o temiam ontem. Tornou-se um partido tanto das classes trabalhadoras quanto assumiu um perfil de classe média.
Os números da pesquisa do Datafolha na cidade de São Paulo comprovam a convergência. Que, a meu ver, antecipa a vitória do ex-ministro da Educação.
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