"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 27 de novembro de 2012

ABUSANDO DO DIREITO DE ENCHER O SACO

 


Certamente trata-se de um caso de caquexia, pois usou a mesma frase no início do “mensalão”, talvez essa seja a senha, para que daqui a algum tempo ele venha de público dizer que o afair Rose não existiu.

Na Ação Penal 470 (?) logo depois da punhalada, Lula foi manipulando os fatos, até chegar à ousadia de afirmar que “Esse negócio de mensalão me cheira a um pouco de folclore dentro do Congresso Nacional”.

O ex-presidente, para mostrar que não perdeu a sua majestade de rei Gesta (1), e numa tentativa de diminuir os ministros do Supremo Tribunal Federal – STF, afirmou:
“Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo”.

Esquece Lula, que seu tempo de ser o queridinho do povão, depois de tantas merdas imperdoáveis, ficou com a data de validade irremediavelmente vencida.

Valendo-me de analogia futebolística, tão a seu gosto, vou lembrar dois fatos. O primeiro aconteceu com Diego Maradona, jogador de inegável talento, que fez gols maravilhosos, mas não será por estes que passará à história. Ele será sempre o jogador do ilegal gol de mão.
O jogo, foi a 22 de junho, na Copa do Mundo de 1986 (México), contra a Inglaterra e a Argentina venceu por 2×1. A desculpa de Maradona é de fazer Lula morrer de inveja: “…se houve mão na bola, foi a mão de Deus”.

O outro fato também aconteceu numa Copa do Mundo, a de 2006 (Alemanha). No dia 9 de julho, realizava-se a partida final no Estádio Olímpico de Berlim. Jogavam Itália e França, esta lutava pelo bi-campeonato.
O jogo estava empatado de 1×1, quando já na prorrogação, o francês Zinédine Zidane, um dos maiores jogadores na história do futebol em seu país, perdeu o controle emocional e agrediu seu adversário Marco Materazzi, com uma escandalosa cabeçada no peito.
O fato abalou todo o time que acabou perdendo o jogo (nos pênaltis) e a Copa. E Zizou (como é chamado pela torcida) será somente lembrado como o jogador da cabeçada (segundo os italianos, da chifrada).

Mesma sina aguarda Lula, não interessa o que tenha feito durante sua longa carreira política, passará à história como o “Presidente do Mensalão” Ele merece.

27 de novembro de 2012
Giulio Sanmartini

(1) Fotomontagem: Reação de dona Dilma, ao ouvir Lula contar as intimidades com a amiga Rose

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