Era uma vez um factóide de país, onde sua população vivia na maior esbórnia. Comiam mal, quase sempre salsichas feitas por uma multinacional que as recheava, ao invés de carne bovina e suina, com pés de frango, pele de frango, restos de carne de frango que sobravam nos ossos, e isso tinha até um nome bonito, “carne de frango mecanicamente separada”, pés de porco, mais alguns bagulhos inominados (o povo, maldoso, dizia que era jornal velho), e eram odorizadas com um “aroma artificial de salsicha idêntico ao natural”.
Mal tinham o que vestir, quase sempre “roupitchas” falsificadas “made in Paraguay”, que entravam no país via contrabando, sem pagar tributos e, mesmo assim, em troca de uns trocados mensais, mantinham, através do voto (?) obrigatório, um enorme grupo de marginais dirigindo (?) a nação, perdão, país, porque nação envolve um sentimento de pátria onde o indivíduo põe seu coração para realizar o bem de todos os habitantes.
Não era o caso desse país de faz de conta, onde o din din no bolso, da bolsa, era mais importante que o bem estar do vizinho. Como o vizinho pensava da mesma forma, as coisas não andavam.
Os meliantes formaram uma nomenklatura para se dar bem. E por onze anos conseguiram se refestelar no poder, criando “n” fórmulas (incluindo mais ministérios, para acomodar companheiros que não tinham conseguido ser eleitos).
Chegaram até a imaginar uma forma de financiamento governamental de campanhas eleitorais para lavar o dinheiro subrepticiamente sonegado do Tesouro, porque a fórmula anterior de empresários picaretas fornecer, via caixa dois, o din din para isso, estava se esgotando.
A história andou bem até certo ponto. Como marginais estão sempre inventando formas de subtrair as partes uns dos outros companheiros, um dia, abençoado, um deles, que atendia pelo cognome de Bob, rebelou-se, montou um conjunto musical e botou a boca no trombone.
O “chepão”, assustado, manifestou-se imediatamente, primeiro dizendo que tinha sido “traído”.
Depois, num de seus passeios em Paris (afinal, ninguém é de ferro) disse, em rede mundial, que isso não era nada, pois todos faziam igual. Um pouco mais tarde, para consumo interno, como o povo era tolo, mudou a versão para “não sabia de nada”, continuando como um herói de fancaria.
Mas, ora, sempre tem um mas, então, porém, contudo, todavia, o ministro da “juspiça” desse país vem a público dizer que não há lugar na cadeia para os companheiros condenados, porque o sistema está falido, adredemente preparado.
Sendo assim, a senhora dona “presidenta” deve assinar um indulto de Natal e tudo volta a ficar como era antes no quartel de Abrantes. E todos viveram felizes para sempre…
27 de novembro de 2012
Magu
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