E NO brasil maravilha dos FARSANTES ... A dúvida do ministro BUFÃO sobre o trabalho do IBGE
Parece-nos muito grave que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, duvide dos dados do IBGE, que desde 1936 reúne estatísticas sobre o Brasil. Se se pode discutir a respeito de incluir ou não a taxa Selic nas Contas Nacionais, como fizeram alguns poucos economistas, não se pode levantar dúvidas sobre a qualidade do trabalho do IBGE, principal base das análises demográficas e econômicas do País.
O IBGE, salvo por um número muito restrito de dados, no período do regime militar, sempre resistiu às tentativas dos governos de falsear suas estatísticas, e algum "erro encomendado" sempre foi corrigido no prazo mais curto possível, a fim de preservar as séries apresentadas.
Seguramente, são os dados relativos às Contas Nacionais - que durante anos foram deixados a cargo da Fundação Getúlio Vargas - os mais importantes nas informações do IBGE. Ora, são estas as contas que o ministro da Fazenda põe em dúvida no momento.
Cabe informar que as Contas Nacionais são o resultado de uma série de estatísticas que fornecem as bases para as avaliações dos economistas - produção industrial, vendas no varejo, evolução de diversos índices de preços -, além daquelas vinculadas à atividade governamental - resultado do Tesouro Nacional, contas do setor público, comércio exterior - e das fornecidas por outras entidades.
O IBGE, ao montar seus dados, leva em conta quase todas as outras fontes de informação, o que permite que se avalie a credibilidade das suas estatísticas. E, ao longo da sua existência, procurou ampliar seu leque de informações, desenvolvendo desse modo um material precioso sobre a distribuição de renda no País.
É difícil imaginar como se poderia conduzir a política econômica sem o substrato que o IBGE oferece para acompanhar o desempenho da indústria, do comércio, dos serviços, do emprego. O que parece grave na dúvida manifestada em público pelo ministro da Fazenda é que ela afeta a todos que se utilizam dos dados do IBGE, que sempre tem a preocupação de corrigi-los assim que disponha de números definitivos.
O Brasil é, certamente, um dos países que dispõem de maior volume de dados socioeconômicos para fundamentar suas decisões de políticas. Os erros cometidos por seus dirigentes não podem ser atribuídos à falta de informação, mas apenas ao mau uso dela, como se vê atualmente na ação do governo e do ministro, fiéis ao princípio equivocado de que o crescimento da demanda, por si só, é capaz de atrair investimentos.
O IBGE, salvo por um número muito restrito de dados, no período do regime militar, sempre resistiu às tentativas dos governos de falsear suas estatísticas, e algum "erro encomendado" sempre foi corrigido no prazo mais curto possível, a fim de preservar as séries apresentadas.
Seguramente, são os dados relativos às Contas Nacionais - que durante anos foram deixados a cargo da Fundação Getúlio Vargas - os mais importantes nas informações do IBGE. Ora, são estas as contas que o ministro da Fazenda põe em dúvida no momento.
Cabe informar que as Contas Nacionais são o resultado de uma série de estatísticas que fornecem as bases para as avaliações dos economistas - produção industrial, vendas no varejo, evolução de diversos índices de preços -, além daquelas vinculadas à atividade governamental - resultado do Tesouro Nacional, contas do setor público, comércio exterior - e das fornecidas por outras entidades.
O IBGE, ao montar seus dados, leva em conta quase todas as outras fontes de informação, o que permite que se avalie a credibilidade das suas estatísticas. E, ao longo da sua existência, procurou ampliar seu leque de informações, desenvolvendo desse modo um material precioso sobre a distribuição de renda no País.
É difícil imaginar como se poderia conduzir a política econômica sem o substrato que o IBGE oferece para acompanhar o desempenho da indústria, do comércio, dos serviços, do emprego. O que parece grave na dúvida manifestada em público pelo ministro da Fazenda é que ela afeta a todos que se utilizam dos dados do IBGE, que sempre tem a preocupação de corrigi-los assim que disponha de números definitivos.
O Brasil é, certamente, um dos países que dispõem de maior volume de dados socioeconômicos para fundamentar suas decisões de políticas. Os erros cometidos por seus dirigentes não podem ser atribuídos à falta de informação, mas apenas ao mau uso dela, como se vê atualmente na ação do governo e do ministro, fiéis ao princípio equivocado de que o crescimento da demanda, por si só, é capaz de atrair investimentos.
O Estado de S. Paulo
06 de dezembro de 2012
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